Milho: Mercado acompanha perdas do trigo e fecha sessão em campo negativo em Chicago
Na Bolsa de Chicago (CBOT), os futuros do milho encerraram o pregão desta segunda-feira (13) do lado negativo da tabela. Ao longo das negociações, as principais posições do cereal ampliaram as quedas e fecharam o dia com perdas entre 6,50 e 6,75 pontos. O vencimento maio/15 era cotado a US$ 3,70 por bushel, após ter iniciado a sessão a US$ 3,74 por bushel.
Em comparação com o pregão da última sexta-feira (10), as cotações acumulam desvalorizações entre 1,49% e 1,86%. Segundo informações do site internacional Farm Futures, o mercado do cereal foi pressionado pela forte queda observada nos futuros do trigo na CBOT. As cotações da commodity finalizaram o dia com quedas de mais de 20 pontos.
Os preços recuaram frente às chuvas registradas no Sul das Planícies norte-americanas. E, até o momento, as previsões climáticas indicam a continuidade das precipitações nos próximos dias. O clima também é observado pelos participantes do mercado, já que os produtores norte-americanos iniciaram o plantio do milho e os trabalhos nos campos deverão tomar ritmo nos próximos dias.
Inclusive, nesta segunda-feira, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) irá reportar o primeiro boletim com dados do plantio da safra 2015/16. Os investidores apostam em uma área semeada próxima de 5%.
"Deveremos ter entre 5% a 6% da área cultivada e as condições de clima nos EUA ajudam nesse momento. A região do Meio-Oeste está mais seca e no Delta e as Planícies dos EUA mais úmidas. E como a capacidade dos produtores norte-americanos é boa, o mercado sente e não há o que falar em relação a um atraso no cultivo do grão. Nos últimos 10 dias de abril a previsão é de clima seco, o que daria para a cultura deslanchar", explica Fernando Pimentel, consultor de mercado da Agrosecurity Consultoria.
Outra variável que também influenciou os preços nessa sessão foi o boletim de embarques semanais, do departamento norte-americano. Até o dia 9 de abril, as vendas ficaram em 855,766 mil toneladas do grão, contra 1.039,053 milhão de toneladas reportadas anteriormente. "Os números do milho, já mostram uma desaceleração dos embarques, números baixistas. E isso acaba levando todo o grupo, trigo, milho e soja para baixo", ressalta Pimentel.
Mercado interno
No Porto de Paranaguá, a cotação do milho encerrou a segunda-feira a R$ 28,00, acompanhando a movimentação negativa do mercado internacional. O número representa uma queda em relação ao valor praticado na última sexta-feira, de R$ 28,20 a saca. Recentemente, as cotações ficaram próximas de R$ 31,00. E com os recuos, os produtores acabam retraindo as vendas, conforme sinalizam os analistas.
O dólar ainda continua como um fator de extrema importância na composição dos preços. Consequentemente, os valores dos contratos para a safrinha estão mais altos do que o ano anterior. E, com isso, os produtores avançaram com as vendas do cereal, especialmente na região Centro-Oeste.
Enquanto isso, a safrinha apresenta bom desenvolvimento nas principais regiões produtoras. Em Caarapó (MS), apesar do ataque do percevejo no início do ciclo, a perspectiva é de boa produção nessa temporada, em função do clima que permanece bastante favorável.
De acordo com o presidente do Sindicato Rural do município, Antônio Umberto Maran, a área cultivada nesta safra registrou um recuo de 10% em comparação com a produção anterior devido aos preços e os altos custos de produção. Nesta temporada, a perspectiva é que sejam colhidas mais de 85 sacas do grão por hectare, acima do registrado no ano anterior, de 77 sacas por hectare e da média dos últimos anos.
Já as exportações do cereal ficaram em 11,2 mil toneladas do grão na média diária. Em comparação com o mês anterior, o número representa uma queda de 63,6%, os números foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior nesta segunda-feira.
Veja como fecharam as cotações nesta segunda-feira:
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