Milho: Na CBOT, preços operam com ligeiras perdas, próximos da estabilidade na manhã desta 4ª feira
As cotações do milho na Bolsa de Chicago (CBOT) opera com ligeiras perdas, próximas da estabilidade no início da sessão desta quarta-feira (21). Por volta das 8h19 (horário de Brasília), as principais posições da commodity registravam quedas entre 1,75 e 2,00 pontos. O vencimento março/15 era cotado a US$ 3,88 por bushel.
Os preços recuam após os ganhos registrados no pregão anterior. Nesta terça-feira, o mercado do cereal encontrou suporte nos números dos embarques semanais do grão, reportado pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). Os embarques somaram 747,634 mil toneladas de milho, até a semana encerrada no dia 15 de janeiro.
O percentual ficou acima do observado na semana passada, de 501,625 mil toneladas, e também das expectativas dos participantes do mercado, entre 530 mil a 740 mil toneladas. Ainda assim, a situação confortável entre oferta e a demanda acabam limitando os ganhos, conforme destacam os analistas. Além disso, os investidores também observam e seguem atentos ao comportamento dos preços do petróleo.
Veja como fechou o mercado nesta terça-feira:
Milho: Desvalorização do dólar pressiona e preço recua 3,36% no Porto de Paranaguá
A terça-feira (20) foi de queda aos preços do milho praticados no mercado interno brasileiro. No Porto de Paranaguá, a saca caiu 3,36% e chegou a R$ 27,00, para entrega em setembro. Na região de Jataí (GO), o dia também foi de queda, de 10% nos preços, com a saca do cereal negociada a R$ 20,25.
Contrariamente, em São Gabriel do Oeste (MS), os valores subiram 5,26% e saca do milho finalizou o dia a R$ 20,00. Nas demais praças, a terça-feira foi de estabilidade nas cotações, conforme levantamento realizado pelo Notícias Agrícolas.
As cotações do milho foram pressionadas pela queda expressiva no dólar. A moeda norte-americana encerrou o dia a R$ 2,6150 na venda, com perda de 1,54%, depois de tocar o patamar de R$ 2,6085 na minima do pregão. De acordo com informações da agência Reuters, o câmbio refletiu as medidas fiscais divulgadas pelo governo brasileiro e os dados da economia da China, que desacelerou menos do que o esperado.
O consultor em agronegócio, Ênio Fernandes, destaca que, além do dólar, os preços recuam frente à maior disponibilidade da oferta nesse momento. "Os produtores ofertaram mais milho para limpar os armazéns para a chegada da soja e também temos a colheita do cereal em algumas localidades brasileiras", afirma.
E, apesar da pressão sobre as cotações, o consultor sinaliza que os valores ainda são remuneradores aos produtores. "E para que haja uma reação mais expressiva nas cotações, precisaremos de uma quebra na segunda safra de milho. E também acreditamos que o produtor deve continuar sendo muito profissional no momento da comercialização do grão", ressalta Fernandes.
O pesquisador do Cepea, Lucílio Rogério Alves, também sinaliza o alto volume dos estoques. "Temos virando o ano safra com estoques próximos de 19 a 20 milhões de toneladas. E, apesar da redução na safra de verão, juntando a projeção da safra e os estoques, temos volumes suficientes para atender 85% da demanda interna em 2014", diz.
E, com a recente recuperação nos preços, o pesquisador acredita, que possa haver um estímulo para que o produtor reveja o planejamento da segunda safra. "Isso dependerá da colheita da soja e ditará se será possível fazer o plantio do milho. E poderemos ter uma segunda safra próxima do ano passado. Juntando os números, teremos quase 40 milhões de toneladas buscando compradores, e se as exportações alcançarem algo em torno de 20 milhões de toneladas, ainda assim, teríamos estoques ao redor de 20 milhões de toneladas em 2016. Fator que não deixaria os preços subirem como os vendedores gostariam", explica Alves.
BM&F Bovespa
A sessão desta terça-feira (20) foi de preços negativos aos futuros do milho na bolsa brasileira. As principais posições do cereal terminaram o dia com perdas entre 0,52% e 1,67%. A posição março/15 era cotada a R$ 29,36 a saca. Assim como nos portos, a queda do dólar pesou sobre os preços do cereal.
Bolsa de Chicago
Em uma sessão de volatilidade, os preços do milho negociados na Bolsa de Chicago (CBOT) terminaram a terça-feira (20) com ligeiros ganhos. As principais posições do cereal, que chegaram a recuar até 4 pontos, reverteram as perdas e encerraram o pregão com altas entre 2,75 a 3,50 pontos. O contrato março/15 era cotado a US$ 3,90 por bushel.
As cotações da commodity esboçaram uma reação após a divulgação dos números dos embarques semanais pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). Até a semana encerrada no dia 15 de janeiro, os embarques ficaram em 747,634 mil toneladas do grão. Na semana anterior, o volume ficou em 501,625 mil toneladas.
O número ficou pouco acima das expectativas dos participantes do mercado que, apostavam em volume entre 530 mil a 740 mil toneladas de milho. No total acumulado do ano, os embarques norte-americanos totalizaram 13.396,315 milhões de toneladas do grão, frente às 13.312,550 milhões de toneladas observadas no mesmo período do ciclo anterior.
Contudo, os investidores ainda observam o cenário confortável entre a oferta e a demanda. Na semana anterior, o departamento norte-americano indicou a safra do cereal em 361,11 milhões de toneladas na temporada 2014/15 e os estoques finais foram indicados em 47,68 milhões de toneladas.
Na contramão desse cenário, o percentual de milho destinado à produção de etanol nos EUA, subiu de 130,82 milhões para 31,45 milhões de toneladas. Porém, a queda nos preços do petróleo, continuam sendo observadas pelos participantes do mercado, já que, a perspectiva é que essa situação possa afetar a competitividade do etanol.
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