Milho: Na CBOT, mercado recua pelo 2º dia consecutivo e amplia perdas ao longo da sessão
Na Bolsa de Chicago (CBOT), as cotações futuras do milho dão continuidade ao movimento negativo na sessão desta quarta-feira (14). Ao longo dos negócios, as principais posições do cereal ampliaram as quedas e, por volta das 14h10 (horário de Brasília), os contratos exibiam quedas entre 8,75 e 9,50 pontos. Os contratos mais negociados perderam o patamar de suporte dos US$ 4,00 por bushel, a posição março/15 era negociada a US$ 3,76 por bushel.
As cotações do cereal dão continuidade ao movimento de realização de lucros no pregão de hoje. Na terça-feira, os preços terminaram o pregão com quedas entre 15,50 e 17,00 pontos. Apesar do recuo indicado na produção norte-americana do grão para essa safra para 361,11 milhões de toneladas, segundo boletim do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), a produção ainda será grande, o que pesa sobre o mercado, conforme informações do noticiário internacional.
Algumas agências internacionais também atribuem às perdas ao comportamento dos preços do petróleo. A expectativa é que os valores da commodity em patamares mais baixos possam de alguma forma influenciar na queda de demanda do cereal para a produção de etanol. Recentemente, as informações movimentaram o mercado de milho e permanecem no radar dos investidores.
Nem mesmo o anúncio da venda de 125 mil toneladas de milho para Taiwan, anúncio feito pelo USDA, conseguiu dar suporte aos preços. Ainda assim, alguns analistas destacam que os preços podem voltar a subir nas próximas sessões. "As cotações têm espaço para chegar ao nível dos US$ 4,30 por bushel e mais adiante buscar o patamar dos US$ 4,50 por bushel, especialmente, entre os meses de maio e junho", diz o consultor de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze.
BM&F Bovespa
As cotações do milho na Bolsa brasileira também operam do lado negativo da tabela no pregão desta quarta-feira (14). Após a alta expressiva registrada na última segunda-feira (12), o mercado recua e, por volta das 13h11 (horário de Brasília), as principais posições da commodity registravam desvalorizações entre 0,97% e 1,44%. Apenas a posição janeiro/15 era negociada em alta, de 0,07%, a R$ 27,48 a saca. O vencimento março/15 era cotado a R$ 29,51 a saca.
Segundo os analitas, o mercado permanece acompanhando a movimentação do dólar. Nesta quarta-feira, a moeda trabalha em queda de mais de 1% e era cotada a R$ 2,609 na venda. Mais uma vez, o mercado reflete os números mais fracos sobre o varejo nos Estados Unidos que reforçam a estimativa de que o Federal Reserve, banco central do país, será mais cauteloso na elevação dos juros, conforme dados reportados pelo site G1.
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