Milho: Após romper patamar de US$ 5 bushel, mercado opera com volatilidade

Publicado em 07/03/2014 11:33 e atualizado em 07/03/2014 12:41

Nesta sexta-feira (7), as cotações futuras do milho negociadas na Bolsa de Chicago operam com volatilidade. Na manhã de hoje, o contrato maio/14 superou o patamar de resistência e chegou a US$ 5,00 por bushel, mas recuou ao longo das negociações. Por volta das 11h37 (horário de Brasília), as principais posições apresentavam valorizações entre 1,00 e 4,50 pontos. 

O consultor de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, os fundamentos para o mercado de milho são fortes, o que dá suporte aos preços em Chicago. A crise na Ucrânia, terceiro maior exportador mundial do grão, permanece sendo observada pelo mercado. A perspectiva é que frente às incertezas no país, os compradores optem pelo produto norte-americano.

As exportações semanais de milho dos EUA, divulgadas ontem pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) ficaram acima das expectativas do mercado. Para a safra 2013/14, na semana encerrada no dia 27 de fevereiro, as exportações somaram 1.518.000 toneladas. Já para a temporada 2014/15, o número foi de 164.500 toneladas. 

“As exportações norte-americanas cresceram, os chineses já estão comprando milho prevenindo um possível problema de abastecimento na Ucrânia. Situação que também reflete nos preços futuros”, explica Brandalizze.

Além disso, na Argentina, a vendas do milho seguem mais lentas, uma vez que, os produtores esperam preços melhores para negociar a produção, conforme destaca o consultor. No Brasil, as adversidades climáticas persistem em importantes regiões produtoras e atrasa o plantio da safrinha.

“Vamos ter mais de 50% da safrinha sendo plantada depois do dia 20 de fevereiro, considerada uma data limite para colher uma boa produtividade das lavouras. A safra será menor, mas ainda não sabemos o quanto”, ressalta o consultor.

Por outro lado, há a perspectiva de redução na área cultivada com o milho na próxima safra norte-americana. Diante desse cenário, alguns analistas já estimam que o novo relatório de oferta e demanda do USDA traga uma redução nos estoques finais da safra mundial 2013/14 para 156,49 milhões de toneladas, na próxima segunda-feira (10). 

BM&F

Após as altas registradas durante a semana, os futuros do milho operam em campo misto na BM&FBovespa. Por volta das 11h37 (horário de Brasília) os principais contratos exibiam valorizações de pouco mais de 0,50%.

A demanda aquecida no mercado brasileiro frente às incertezas em relação à safra continua sendo o principal fator de suporte aos preços. “Temos mais compradores do que vendedores no mercado. O Sudeste ainda tem dificuldades em colher a safra de verão em função das chuvas. Os estados de GO, MG, SP e norte do PR também apresentam dificuldades. A safrinha é uma incerteza total hoje”, relata Brandalizze. 

A saca do cereal é negociada a R$ 35,50 em Campinas (SP) CIF, nesta sexta-feira. Em Campo Mourão (PR), o valor é de R$ 28,50 e em Campo Verde (MT) a R$ 23,00 a saca.

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Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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