Milho: Após semana positiva, mercado realiza lucros e fecha em baixa

Publicado em 21/02/2014 18:06 e atualizado em 22/02/2014 06:01

Os contratos futuros do milho encerraram o pregão desta sexta-feira (21) do lado negativo da tabela na Bolsa de Chicago (CBOT). Ao longo das negociações as principais posições da commodity estenderam as perdas e terminaram o dia com baixas entre 2,75 e 5,00 pontos. O contrato março/14 fechou o dia cotado a US$ 4,53/bushel.

Após as altas registradas durante essa semana, os investidores realizaram lucros, conforme explica o analista de mercado da Celeres Consultoria, Anderson Galvão. Ainda hoje, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulgou as primeiras projeções para a próxima safra norte-americana, durante o Fórum Anual Outlook.

O departamento aumentou a produção de milho dos EUA na temporada 2014/15, de 353,71 milhões de t para 355,24 milhões de toneladas. A produtividade média das lavouras também tende a crescer e foi estimada em 174,95 sacas por hectares, número superior ao registrado na safra anterior, de 168,07 sacas por hectare. 

Já a área cultivada deverá apresentar um recuo de 38,61 milhões de hectares para 37,23 milhões de hectares. O USDA ainda reportou um reajuste positivo para os estoques norte-americanos de 37,62 milhões de t para 53,62 milhões de toneladas. As exportações dos EUA foram projetadas em 39,37 milhões de t, uma diminuição em relação a ultima safra, de 40,64 milhões de toneladas.

O órgão norte-americano ainda estimou preços mais baixos para o cereal, em torno de US$ 3,90 por bushel na próxima safra, valor inferior ao registrado na temporada 2013/14, de US$ 4,50 por bushel. Ainda na visão do analista, os números não impactaram no mercado internacional de grãos, já que, o primeiro relatório de intenção de plantio da temporada 2014/14 deve ser divulgado no dia 31 de março.

Por outro lado, os números das vendas semanais dos EUA totalizaram, na semana encerrada no dia 13 de fevereiro, 691.400 toneladas, frente às 1.700.100 toneladas na semana anterior. Os números, anunciados pelo USDA, também contribuíram para dar o tom negativo ao mercado. 

No Brasil, os contratos do milho negociados na BM&F também terminaram o dia em patamares mais baixos, após apresentarem valorizações expressivas durante a semana. A tendência para o mercado ainda é positiva, uma vez que, as preocupações com o clima no Brasil persistem e a demanda pelo cereal continua aquecida.

Devido à seca, há perdas na safra de verão em importantes estados, como Minas Gerais e Paraná. E a falta de chuvas permanece atrasando a implantação da safrinha em outras localidades e há relatos de replantio. Já em Goiás e Mato Grosso, a atenção é com o excesso de chuvas, que da mesma forma, compromete o avanço do cultivo da safrinha. 

“A perspectiva é de preços firmes aos produtores brasileiros esse ano. Temos os problemas o clima e os agricultores investiram menos em tecnologia nesta safra. E o retorno das chuvas em algumas regiões apenas ameniza os problemas”, afirma Galvão.

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Por:
Fernanda Custódio
Fonte:
Notícias Agrícolas

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