Milho: Preços permanecem firmes com o clima seco em SP e Minas
A preocupação com o clima no Brasil, em importantes regiões produtoras de milho, garantiu mais um dia de alta aos contratos do cereal na BM&F. Nesta quinta-feira (20), os preços fecharam o pregão com valorização de pouco mais de 0,53%, após ganhos de quase 5% na sessão anterior. O contrato março/14 encerrou cotado a R$ 33,87.
Nos estados de Minas Gerais e Rio Grande do Sul, a quebra na safra de verão é mais expressiva, conforme destaca o consultor de mercado da FCStone, Glauco Monte. Além disso, o tempo seco também afeta a evolução do plantio da safrinha, em muitas localidades, a umidade no solo não é suficiente para a germinação do grão. Do mesmo modo, o excesso de chuvas em Mato Grosso e Goiás, podem comprometer o potencial produtivo das lavouras e deixar a janela ideal de plantio cada vez mais curta.
Frente às incertezas em relação à safra de milho brasileira, o mercado interno tem registrado cotações mais altas. Em Campinas a saca do cereal é negociada a R$ 35,00, em Cascavel (PR), o valor de venda é de R$ 25,50. No Porto de Rio Grande, a saca do cereal foi comercializada a R$ 31,50. De acordo com o consultor, os compradores pagam valores mais altos, porém os produtores aguardam preços melhores.
Já em Chicago, após uma sessão de volatilidade, os vencimentos do milho terminaram o pregão desta quinta com pequenas altas. As principais posições exibiram ganhos de mais de 2 pontos e o contrato março/14 encerrou o dia a US$ 4,55 por bushel.
A demanda firme pelo produto dos EUA frente à perspectiva de menor área plantada com o milho na próxima safra norte-americana contribuiu para sustentar os preços. Os primeiros números anunciados durante o Fórum Anual Outlook apontam para uma redução de 1,38 milhão de hectares na área de milho, que deve baixar 38,61 para 37,23 milhões de hectares.
Na visão do consultor de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, a demanda pelo milho tende a permanecer aquecida para a produção de ração, já que há problemas com lavouras de trigo, inclusive no país. “Tudo indica que será o ano da carne, que irá puxar os preços do milho. As cotações têm fôlego para sair dos atuais patamares e alcançar US$ 5,00/bushel”, diz
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