Milho: Chicago opera com leves altas, mas no Brasil cotações futuras apresentam valorizações de até 4,65%
As cotações futuras do milho negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) operam com ligeiras altas no pregão desta quarta-feira (19). Por volta das 14h30 (horário de Brasília), as principais posições da commodity registravam ganhos entre 1,00 e 1,75 pontos. Porém, na BMF&Bovespa os vencimentos do cereal apresentam valorizações expressivas, com até 4,65% de alta.
A demanda aquecida frente às preocupações com o clima no Brasil continua sustentando os preços em Chicago. Pontualmente, as tempestades de neve no meio-oeste norte-americano também exercem pressão positiva nas cotações futuras. As nevascas têm prejudicado o transporte de grãos no país e elevado os prêmios nos portos nos EUA, segundo explica o economista.
Nesta terça-feira, o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulgou os números de embarques, que na semana encerrada no dia 13 de fevereiro, ficou em 827,610 mil toneladas, volume superior em relação à última semana, de 695,181 mil toneladas.
Já as altas temperaturas aliada a ausência de chuvas têm comprometido o potencial produtivo das lavouras brasileiras de milho. De acordo com o economista da Granoeste Corretora de Cereais, Camilo Motter, algumas consultorias já estimam quebra na produção, entre 6 a 7 milhões de toneladas. Atualmente, a estimativa é que a safra brasileira alcance, no total, o número de 75.465 milhões de toneladas, conforme projeção da Conab (Companhia Nacional do Abastecimento).
Em Minas Gerais, importante estado produtor na safra de verão, as plantações foram severamente afetadas pelo clima seco. O cenário também tem afetado o avanço do plantio da safrinha em várias localidades, como é o caso do Paraná e Mato Grosso do Sul.
“E com o consumo interno brasileiro está estimado em 54 milhões de toneladas, a tendência é que os volumes de embarques do milho diminuam. E o Brasil estava se consolidando como um grande exportador do cereal. Diante dessa situação, o mercado doméstico deve registrar novas valorizações”, explica o economista.
A situação climática também tem alavancado os preços do milho no mercado interno. Nesta quarta-feira, os principais contratos do cereal trabalham com preços em alta na BMF&Bovespa. Por volta das 12h09 (horário de Brasília), o vencimento março/14 era cotado a R$ 33,60 e as demais posições também operavam do lado azul da tabela. No mercado físico, a saca é negociada a R$ 33,00 em Campinas e em Cascavel (PR) a R$ 25,50. Ainda na visão do economista, frente a esse viés altista do mercado, os produtores têm segurado as vendas à espera de preços melhores.
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