Geógrafos de esquerda fazem moção de apoio à invasão de fazenda em Correntina/BA
O caso da invasão da fazenda Igarashi, em Correntina,Bahia, ocorrido no dia 7 de novembro (o qual deveria ser restrito a um caso polícial), ganha um novo contexto politico-ideologico, com entidades de esquerda tentando mudar o foco da ilegalidade do ato. Agora a batalha é midiática, com a justificativa de que a ação (de invasão e destruição do sistema de irrigação da Igarashi) foi feita em defesa da preservação do uso da água dos rios da região Oeste baiana.
As ações violentas e de depredação da fazenda vêm sendo tratadas como manifestações populares em várias partes do País (inclusive no Congresso), com o intuito de mudar o foco do acontecido. Foi o que aconteceu em Curitiba, durante o VII Simpósio Internacional de Geografia Agrária SINGA 2017. Participantes, com notórios vinculos com a esquerda, publicaram a "Moção de Apoio à População de Correntina-Ba, diante do Conflito Hídrico pela Água no Cerrado no Oeste da Bahia".
Dessa forma, o Notícias Agrícolas optou por publicar essa informação do portal Notícias da Lapa para que o setor produtivo entenda e esteja ciente de como as informações continuam a ser repercutidas.
Comunidade cientifica nacional e internacional faz “Moção de Apoio a População de Correntina”
Depois de um ato promovido pela população de Correntina no dia 02 de novembro, onde mais de 1000 pessoas invadiram a fazenda Igarashi e em protesto destruíram várias instalações do local, tentando chamar a atenção das autoridades para a realidade ambiental e social da população, onde questionam o modelo econômico implantando na região e a falta de transparência e ação dos órgãos do Estado perante o contexto apresentado pelo povo.
Depois da repercussão dessa ação em todo Brasil, que levou vários políticos e autoridades a se posicionares de forma dividida. O Governador Rui Costa chegou classificar o ato como “criminoso”.
Nessa turbulência, membros da comunidade cientifica nacional e internacional reunidos no VII Simpósio Internacional de Geografia Agrária SINGA 2017, ocorrido entre os dias 01 e 05, em Curitiba, fizeram uma “Moção de Apoio a População de Correntina-Ba, diante do Conflito Hídrico pela Água no Cerrado no Oeste da Bahia”.
No documento as representações chamam a atenção para a conjuntura de conflito que se instalou na região Oeste, em função do modelo contraditório de produção que tem colocado em risco os recursos hídricos e as populações geraiseiras (dos gerais). Afirmando que esse ato não pode ser visto apenas por um ângulo “criminoso”, mais em todo o seu contexto, apresentado e vivenciado pelas populações dessa região.
O membros do comitê falam que a população de Correntina está sendo ignorada pelos saberes científicos e pelas representações públicas, que não escutam e nem dialogam com os povos dessa região.
Frisam ainda, que as representações estarão acompanhando de perto o desdobramento, e que a sociedade fique atenta para o contexto, e ao principal motivo dos conflitos.
Leia a Moção na integra:
Moção de Apoio a População de Correntina, Ba diante do Conflito Hídrico pela Água no Cerrado no Oeste da Bahia
Nós, membros da comunidade cientifica nacional de internacional reunida entre 01 e 05 de novembro de 2017 no VIII Simpósio Internacional de Geografia Agrária na cidade de Curitiba, fomos surpreendidos com as notícias referentes ao grave conflito ocorrido no município de Correntina, Ba. As notícias indicam que estão envolvidos no conflito entre 500 e 1000 pessoas e os responsáveis pela fazenda Igarashi e Curitiba do município de Correntina Bahia-Brasil.
Um conflito dessa magnitude não pode ser visto exclusivamente numa perspectiva criminal ignorando todo o contexto que envolve o contraditório modelo de desenvolvimento em curso na região, por suas implicações sociais e ambientais, sobretudo no que concerne a dinâmica hidrosocial.
Embora não se registre alterações relevante no volume de precipitação pluviométrica na região nas últimas décadas é flagrante a alteração do regime hidrológico. Para constar essa alteração basta considerar o que vem sedo dito pelas populações que tradicionalmente ocupara a região, cujo notório saber, entretanto, vem sendo reiteradamente desconsiderado por um saber cientifico que se considera único e superior aos saberes indígenas, quilombolas e camponeses de que a região é rica.
Os cientistas sociais vêm reiterando que nenhuma população pode viver num determinado ambiente sem desenvolver conhecimento sobre ele, seja para coletar, caçar, pescar, agricultar, para se curar ou para habitar e se proteger das intempéries. Essas populações vêm seguidamente denunciando que nascentes, regos, fontes, veredas, lagos e lagoas deixaram de existir ou se tornaram intermitentes nos últimos 30 anos.
Tudo indica que o evento ocorrido no último dia 02 de novembro de 2017 decorre do desespero dessa população não só diante da escassez de água como também pela desconsideração pelos técnicos e autoridades públicas da situação que se encontram nos últimos anos que as vem impedindo de reproduzir as suas vidas pela escassez da água.
Nós, enquanto membros da comunidade cientifica reunida no VIII SINGA, queremos chamar atenção da sociedade civil e autoridades pública para as contradições do atual modelo de desenvolvimento em curso que, no fundo, tem sido a razão dos conflitos na região e que uma leitura meramente criminal desses conflitos não contribui para superar a grave crise hidrosocial que a região vive, sofrida sobretudo por suas populações camponesas, indígenas e quilombolas e pobres urbanos.
Preocupa-nos a liberação para supressão de vegetação e outorga de água pelas autoridades que vêm sendo questionados, inclusive, pelos consultores particulares na região. Também nos atentamos pelo volume de água retirada pelo empreendimento das duas fazendas afetadas no conflito durante 14 horas/dia equivale a 106.285.083,3 litros (cento e seis milhões de litros) seria suficiente para abastecer 6.642,81 cisternas por dia de 16.000 litro da Articulação do Semiárido(ASA).
Ao comparar-se a água retirada pela fazenda Igarashi com a água retirada para o consumo da população de Correntina pelo Serviço Autônomo de Água e Esgoto(SAAE), que é de aproximadamente 3.000.000 litros/dia (três milhões de litros), verifica-se que a água consumida pela população correntinense equivale a penas 2,8% da vazão retirada pela referida fazenda do rio Arrojado.
Por essas razões, conclamamos as autoridades públicas, a sociedade civil e comunidade cientifica nacional e internacional a ficarmos juntos atentos para que os desdobramentos que se seguirão ao grave conflito ocorrido no último dia 02 de novembro sirvam para que ataquemos as causas profundas dos conflitos e para garantir o legítimo direito à agua para a vida das populações locais, sobretudo aos camponeses, indígenas, quilombolas e as populações urbanas da região de Correntina.
Mesmo tendo assinado manifesto, MST nega participação na invasão à Fazenda Igarashi em Correntina
O MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) procurou o Poder360 após publicação nesta 4ª feira (8.nov.2017) do artigo “MST promove verdadeiro terrorismo no campo, escreve Xico Graziano”. O movimento afirma que não participou de protesto em fazendas em Correntina, no interior da Bahia, citado pelo articulista.
“O MST no estado da Bahia emitiu nota desfazendo mais esta “fake news” emulada pelo preconceito aos trabalhadores Sem Terra e a todos que lutam por direitos, em que “denuncia publicamente a má apuração dos fatos ocorrida por diversos veículos de comunicação”, disse o grupo.
Mas em nota conjunta de entidades que agem contra o agronegócio, divulgada no Oeste da Bahia, o MST aparece como um dos signatários. O Notícias Agrícolas publica as notas e o artigo de Xico Graziano para esclarecimento de seus leitores (veja abaixo).
Primeiramente leia íntegra da nota divulgada pelo MST:
“O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) denuncia publicamente a má apuração dos fatos ocorrida por diversos veículos de comunicação a respeito da ocupação e manifestação de comunidades agrícolas nas fazendas Igarashi e Curitiba, nesta última quinta-feira (2), no distrito de Rosário, em Correntina, oeste do estado.
Várias manchetes apontam o MST como participante da ação, porém, enquanto organização popular, não há envolvimento nessa mobilização.
Mesmo assim, reiteramos que apoiamos as ações de denúncia ao agronegócio, principalmente quando existe um processo de privatização de recursos naturais e investimentos antipopulares, que neste caso, afeta diretamente as comunidades camponesas localizadas nas proximidades das fazendas.
Segundo relatos, o projeto de irrigação da Igarashi e Curitiba estão secando os rios Carinhanha, Corrente e Grande, além de provocar queda de energia na região. Essa situação não é diferente de diversas outras localidades no estado que sofrem com as ações de empresas nos territórios, que para garantir uma maior margem de lucro, não levam em consideração o impacto que tais iniciativas possuem ao meio ambiente e nas populações.
Paralelo a isso, não podemos esquecer que tais projetos cumprem o papel de esvaziar o campo, ao expulsar as comunidades de seu território a partir do processo de monopolização dos recursos hídricos. Isso se apresenta muito forte nas regiões do semiárido baiano, onde toda água dos afluentes são moedas troca compactuada com o Estado.
A luta pela terra e pela soberania dos povos é parte fundamental do projeto de sociedade que defendemos e nesse sentido, reafirmamos que os recursos naturais é um patrimônio de todas e todos e não devem ser usados para atender os interesses de uma sociedade segregadora, cujo objetivo é ampliar as desigualdades e a exploração do trabalho.
Seguiremos em Luta, até que todos sejamos livres!
06 de novembro de 2017.
Direção Estadual do MST na Bahia
Salvador – Bahia”
Agora, o artigo de Xico Graziano, ao Poder360:
MST promove verdadeiro terrorismo no campo, escreve Xico Graziano
Os bandidos agrários atacaram novamente, com grande agressividade. Destruíram agora uma fazenda localizada em Correntina (BA). A polícia militar, como sempre, fechou os olhos, compactuando com o crime. Verdadeiro terrorismo no campo.
Era dia de Finados. Enquanto as pessoas de bem reverenciavam seus mortos, as do mal, carregadas de ódio, destruíam uma incrível infraestrutura produtiva destinada à produção de alimentos. Sim, produtiva. Sim, alimentos. Se você é daqueles ingênuos que ainda acredita na importância do movimento dos “sem-terra” para combater os ociosos latifúndios, esqueça seu idealismo.
É triste, mas é a realidade. Há muito tempo o MST (Movimento Sem Terra), benchmarking nessa matéria, liberou geral na invasão de propriedades agrícolas. Antes, nos anos 1990, convenceram a opinião pública de que, em suas estripulias, “ocupavam” terras improdutivas, vazias, portanto, empurrando-as para o processo da reforma agrária. Eram, assim, justiceiros. Sua ação, embora violenta, fazia a carruagem andar.
Passou-se uma década. Com o avanço das desapropriações efetuadas pelo Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), e quanto mais se afirmava a modernização capitalista no campo, o MST, ombreado pela Contag (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura), mudou a tática. Passaram a atacar e a depredar fazendas mesmo que produtivas, argumentando que estas, ao produzirem soja ou eucalipto, por exemplo, não serviam ao povo.
Radicalizaram. Agregaram em seu discurso o combate aos transgênicos, e assim destruíram laboratórios de pura tecnologia. Demonizaram o agronegócio. No fundo, usavam um disfarce, uma senha que abria os cofres públicos mantidos pelo populismo lulopetista. Convênios suspeitos, às pencas, passaram a repassar montanhas de dinheiro às entidades, centenas delas, vinculadas ao esquema da reforma agrária. Boca livre ideológica.
Tudo começou a desmoronar com a crise financeira do Estado e o subsequente impeachment de Dilma. As verbas minguaram, como aquelas do Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera), utilizada fartamente na escolarização –leia-se doutrinação– dentro dos assentamentos rurais. Perderam seu farto maná os pseudo-revolucionários.
Por que aquela turba raivosa invadiu e destruiu as instalações produtivas da Fazenda Iragashi, comandada por uma família de japoneses no distrito de Rosário, em Correntina? Não se sabe ao certo. Em sua narrativa, comprada facilmente pelos jornalistas descuidados, diziam defender os recursos hídricos da região. Balela.
Não são comprovados tecnicamente os aludidos impactos ambientais, como a suposta morte de nascentes e pequenos córregos. Nem o rio Arrojado, que serve à fazenda, teve sua vazão ameaçada. Suas águas, com a devida autorização pública, abastecem 32 pivôs de irrigação capazes de molhar 2.530 hectares de lavouras, incluindo soja, milho, batata, cenoura, feijão, tomate, alho e cebola. Comida básica, arrasada pela insanidade humana.
A destruição apavora. Torres de energia derrubadas, maquinários agrícolas incendiados, uma gritaria que deixou R$ 60 milhões de prejuízo. Alguém foi preso? Ninguém. Das favelas do Rio aos rincões da Bahia, a impunidade dos criminosos, urbanos ou rurais, campeia no país. Chama o exército?
Paradoxalmente, na mesma data o MST estampava em seu site uma matéria intitulada “A escalada da violência e da criminalização no meio rural brasileiro”. Parece uma provocação. Bem ao gosto do Bolsonaro.
A seguir, veja o manifesto de convocação da população contra as investigações (e assinado pelo MST):
"POVO DE CORRENTINA E REGIAO
Estamos sendo tratados como TERRORISTAS pelo GOVERNADOR E DEPUTADOS aos quais confiamos os nossos votos. PRECISAMOS IR PARA AS RUAS, as milhares de pessoas, união nessa hora. O AGRO NÃO É POP, o AGRO É DESTRUIÇÃO.
Salve os NOSSOS RIOS!
VENHAM PARA AS RUAS, GOVERNO NÃO PODE OPRIMIR O POVO. SE CHEGOU ISSO FOI POR DESCASO.
Vista se de preto, façam seus cartazes de repúdio a estes Deputados e Governador.
A FORÇA DO POVO SEMPRE VENCERÁ
O dia foi mudado para o SÁBADO DIA 11 as 07:00 hrs em frente o museu.
Vista se de preto e venham para as ruas.
Cansado do descaso das autoridades, o povo de Correntina reage em defesa das águas
A mídia está a noticiar que na manhã de quinta-feira, 02/11/2017, feriado de Finados, houve manifestação de populares nas Fazendas Igarashi e Curitiba, no distrito de Rosário, município de Correntina. Segundo imagens e áudios que circulam pela Internet, estas fazendas teriam sido invadidas e parte de suas máquinas, instalações e pivôs quebrados e incendiados, e que os autores destas ações são populares de Correntina. Segundo os relatos participaram da ação entre 500 a 1.000 pessoas.
O Oeste da Bahia tem se destacado como produtor de grãos para exportação, referência para o agronegócio nacional, cada vez mais de interesse internacional. Está inserido no MATOPIBA – projeto governamental de incentivo a esta produção nos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia – atual fronteira agrícola brasileira, onde estão localizados os últimos remanescentes de Cerrado no Brasil. É nesta região onde se encontram os rios Carinhanha, Corrente e Grande, suas nascentes, subafluentes e afluentes, principais contribuintes com as águas do rio São Francisco na Bahia, responsáveis por até 90% de suas águas no período seco. São estas águas que abastecem milhares de comunidades rurais e centenas de municípios baianos e dos outros estados do Submédio e Baixo São Francisco.
Os conflitos causados pela invasão da agropecuária, desde os anos 1970, no que eram os territórios tradicionais das comunidades que habitam o Cerrado, têm sido pauta de uma intensa discussão, e de dezenas de audiências públicas. A gravidade destes conflitos é de conhecimento regional, estadual, nacional e até internacional. Contudo, ao longo de décadas o agronegócio nunca assumiu a responsabilidade por sua nefasta atuação, alicerçada num tripé que tem como eixos centrais: a invasão de terras públicas por meio da grilagem e da pistolagem; o uso de dinheiro público para implantação de megaestruturas e de monoculturas de grãos e pecuária bovina; o uso irresponsável dos bens naturais, bens comuns, com impactos irreversíveis sobre o ambiente, em especial, sobre a água e a biodiversidade, além de imensuráveis impactos sociais.
A ação do povo de Correntina não é de agora. Assistindo à sequência de morte de suas águas essenciais, diante do silêncio das autoridades, ações do tipo e outras vêm sendo feitas há mais tempo. Em 2000, populares entupiram um canal que pretendia desviar as águas do mesmo rio Arrojado agora ameaçado pelas fazendas no distrito de Rosário. O canto fúnebre das “Alimentadeiras de Alma”, antiga tradição religiosa de rezar pelos mortos, passou a ser realizado para chamar a atenção para a morte das nascentes e rios às centenas na região. Romarias com milhares de pessoas vêm sendo feitas nos últimos anos em cidades da região em protesto contra a destruição dos Cerrados.
As ações do agronegócio possuem a chancela do Estado baiano e brasileiro, que age como incentivador e promotor, é insuficiente ou omisso nas fiscalizações e tem sido conivente com a sua expansão por meio da concessão de outorgas hídricas e licenças ambientais para o desmatamento, algumas sem critérios bem definidos. Estes critérios que vêm passando por intensas flexibilizações com as mudanças radicais na legislação ambiental. O Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos – INEMA concedeu à Fazenda Igarashi, por meio da Portaria nº 9.159, de 27 de janeiro de 2015, o direito de retirar do rio Arrojado uma vazão de 182.203 m³/dia, durante 14 horas/dia, para a irrigação de 2.539,21 ha.
Este volume de água retirada equivale a mais de 106 milhões de litros diários, suficientes para abastecer por dia mais de 6,6 mil cisternas domésticas de 16.000 litros na região do Semiárido. Agrava-se a situação ao se considerar a crise hídrica do rio São Francisco, quando neste momento a barragem de Sobradinho, considerada o “coração artificial” do Rio, encontra-se com o volume útil de 2,84 %. A água consumida pela população de Correntina aproximadamente 3 milhões de litros por dia, equivale a apenas 2,8% da vazão retirada pela referida fazenda do rio Arrojado.
Alegar que as áreas irrigadas no Oeste da Bahia representam apenas 8% da região, ou seja, 160 mil hectares num universo de 2,2 milhões de hectares, não minimiza seus impactos. Megaempreendimentos e suas obras de infraestrutura em plena construção com vistas à expansão das áreas irrigadas determinam uma rota de cada vez maior devastação. Alguns exemplos: Fazenda Santa Colomba, em Côcos, Fazendas Dileta; Celeiro e Piratini, em Jaborandi; Fazendas Sudotex, Santa Maria e Igarashi, em Correntina. Algumas destas fazendas estão construindo centenas de quilômetros de canais, dezenas de reservatórios (piscinões), perfuração de centenas de poços tubulares e instalação de centenas de pivôs. Quanta água está sendo comprometida com tudo isto? Se a irrigação não fosse uma tendência regional, como explicar tantos investimentos neste modelo de agricultura? Comitês e Planos de Bacia e outras medidas no campo institucional, antes promovem esta rota insana, do que preservam os bens comuns da vida, hoje e de amanhã.
A ganância do agronegócio e as conveniências dos que representam o Estado são os responsáveis pelo desespero do povo. Não há ciência no mundo que possa estimar um valor monetário para o rio Arrojado, e isso o povo de Correntina parece compreender bem. Os próceres do agronegócio agem com hipocrisia e continuam se negando a assumir o passivo socioambiental existente no Oeste Baiano. Não resistem a uma mínima comparação com o modo de produzir dos pequenos e médios agricultores, que fornecem os alimentos diversos que a população consome com impactos infinitamente menores e muito mais cuidados de preservação. Não há como evitar a pergunta: os equívocos dos processos para outorgas hídricas e licenciamentos ambientais e a falta de fiscalização eficiente dos órgãos responsáveis são garantias para a legalidade e legitimidade do agronegócio?
Diálogo com os representantes do agronegócio tem sido um simulacro de democracia e honestidade. Na audiência pública havida em Jaborandi, no dia 27/10/2017, para discutir a questão das águas, outorgas e legislação ambiental, com interessados dos municípios de Jaborandi, Coribe e Correntina, populares foram impedidos de questionar a tese, na ocasião defendida por conhecido cientista aliado do agronegócio, de que não há relação entre a ação humana e as mudanças climáticas.
Flagrantes contradições do modelo de desenvolvimento regional são inúmeras e precisam ser evidenciadas. Por exemplo, a de que é muito maior a área preservada de Cerrado em relação à explorada. Omite-se que as áreas de Reserva Legal das fazendas do Oeste da Bahia estão sendo regularizadas por meio da “grilagem verde” sobre os territórios das comunidades tradicionais, e que a função ecológica cumprida pelas Áreas de Preservação Permanente – APPs, aos longo dos cursos d’água, nas áreas de descarga, são diferentes das funções ecológicas que cumprem os chapadões responsáveis pelo abastecimento do aquífero Urucuia, áreas de recarga, que já foram dizimadas pelo agronegócio.
A luta em defesa da vida mais uma vez é marcada pelo protagonismo popular de quem faz com as mãos a história e sabe que a água não é mercadoria, como quer convencionar o agronegócio, inclusive utilizando-se da Lei 9.433/1997, a “Lei das Águas”. As águas do rio Arrojado abastecem comunidades centenárias e não podem servir apenas aos interesses dos irrigantes como o grupo Igarashi, que chega à região com a má fama de ter que migrar da Chapada Diamantina, uma das regiões da Bahia que sofrem com a crise hídrica, em especial, na bacia do rio Paraguaçu, justamente por conta dos impactos de sua exploração. Os conflitos ambientais parecem não findar com o caso das fazendas deste grupo, pois esta é apenas uma fazenda num universo de inúmeras do Oeste da Bahia. Tudo indica, portanto, que o cansaço do povo frente ao arrojo do agronegócio e ao descaso das autoridades e a urgência da defesa da vida seja o argumento que impõe esta reação.
Deste modo e diante da notória crise hídrica, somada à irresponsabilidade arrogante do agronegócio e à incompetência do Estado, tal cenário coloca o povo em descrença e desespero, ao ver o rio Arrojado, base para sua convivência e modo de vida, com tamanhos sinais de morte, assim como inúmeros riachos, nascentes, veredas e rios da região. E, então, partem para alguma reação concreta, que chame a atenção dos responsáveis públicos e privados. Não há palavras para descrever o sentimento coletivo que tomou conta do povo de Correntina, que num ímpeto de defesa agiu para defender-se, pois sabe que se não mudar o modelo de “desenvolvimento”, baseado no agronegócio, estarão comprometidas as garantias de vida das populações atuais e futuras.
Novembro de 2017.
Comissão Pastoral da Terra – CPT/BA
Associação de Advogados/as de Trabalhadores/as Rurais da Bahia – AATR-BA
GeograFAR/UFBA
Articulação Estadual dos Fundos e Fechos de Pasto da Bahia
Movimento dos Trabalhadores Sem Terra – MST
Movimento dos Pequenos Agricultores – MPA
Movimento dos Atingidos por Barragens – MAB
Movimento Estadual dos Acampados, Assentados e Quilombolas da Bahia – CETA
Pastoral da Juventude do Meio Popular – PJMP – Diocese de Bom Jesus da Lapa
Pastoral do Meio Ambiente – PMA – Diocese de Bom Jesus da Lapa".
Veja mais:
>> Guerra das águas em Corretina: Igreja acusa agro de destruição e ganância
>> No oeste da Bahia, rios da discórdia estão transbordando e jogando água para fora
15 comentários
COP29: organizações sociais apontam falhas em regras de financiamento
Tocantins oferecerá R$2,5 bilhões em créditos de carbono
Anfitrião da COP29, Azerbaijão ataca Ocidente por críticas a seu setor de petróleo e gás
Materiais de energia limpa podem ser problema futuro, diz pesquisadora
Desmatamento na Amazônia cai 30,6% em um ano
Medida provisória destina R$ 938 milhões para ações de combate à seca e a incêndios florestais
Sebastião Ferreira Santos Fátima do Sul - MS
Para solucionar esse problema só nos resta escolher um próximo governo sério e comprometido com a população de bem e que tenha aliado a si um congresso também eleito por nós e seja composto por homens de bem. Chega de votarmos em vândalos, corruptos, e bandidos apoiadores de atos de destruição e expropriação, apoiadores de destruição também da família que hoje vive fragilizada pelos atos desses covardes. A esquerda tem que ser excluida de alguma forma do país, pois trouxe ao país só desgraças como: atentados, invasões,conflitos,destruições,corrupção, desvalorização da familia em prol da aberração. E está provado que todos os países governados por governos ideológicamente de esquerda quebrou foi roubado e destruído como: VENEZUELA, BOLÍVIA,ARGENTINA,BRASIL E O PARAGUAI só não está pior porque a oposição foi rápida se encorajou e tirou do poder o corrupto bispo Lugo. Portanto gente vamos escolher alguém que venha com força e coragem agir contra esses desmandos que ocorrem no país hoje. Esses bandidos agiram antes do poder, durante o tempo que estiveram no poder e continuam agindo, pois falta um governo sério para coibir esses absurdos. Esses bandidos teriam que pagar trabalhando na reconstrução da obra de forma obrigatória e ainda passar à noite na cadeia por longos anos, para que nunca mais fizesse isso.
Sr SEBASTIAO,me desculpe de rotura-lo entre as pessoas ingenuas que ainda nao perceberaram que estamos completamente nas maos desses delinquentes que nos' governam... Sao delinquentes porque acharcam empresarios, desviam e escondem dinheiro de forma associada...Eles decidem quais sao as pessoas que o povo deve vota... Entao o povo nao tem condiçoes de endireitar e de virar as coisas sobre as quais eles decidem
armelindo corte dos reis Enagenheir Bel trão - PR
Esses geógrafos volto a dizer são vagabundos tentando pegar carona, existem milhares deles em todo universo geográfico, mas parece que aí em Correntina, existe uma concentração maior que outros locais.
Paulo Roberto Rensi Bandeirantes - PR
Sou do tempo que as "coisas simples" tinham valor e, a simplicidade das pessoas era muito valorizada, pois subentendia-se que eram pessoas integras e verdadeiras.
Mas vamos a dialética das elites governistas. Fernando Henrique Cardoso preparou o caminho para a "Reforma Agraria", movimentos sociais usaram e abusaram desse engodo. Os tempos passaram e a sociedade desacreditou daquela narrativa, mas essa "raça inútil" criou outro engodo. O termo geral é "Ecológico", mas subdivide-se em "n+1" termos alternativos, como: Desenvolvimento Sustentável, Ecologicamente correto, Não agride a natureza, haja terminologia... Esse é o argumento usado por aqueles que te esfolam para fazer o guarda-chuva protetor das classes menos privilegiadas, com um detalhe "eles" só sabem fazer isso: TE ESFOLAR !!! Então não se preocupe, quando essa moda ecológica cair em desuso, "eles" criarão uma outra mentira. Enquanto não se mudar a MENTALIDADE da população, estaremos sob o domínio dessa corja...Nilton Soares Soares Piumhi - MG
O verdadeiro problema que acontece em Correntina é o CONFLITO entre a Agricultura High Tec (super produtiva) e a Agricultura Arcaica (muito improdutiva)... A VERDADE é que as Fazendas High Tec são muitíssimas mais produtivas, além disso produzem alimentos muito mais baratos. (Podem vender alimentos muito mais baratos á população). E o que fazem os agricultores sem-terras ligados á Igreja Católica? Como são improdutivos e só conseguem produzir alimentos a um preço muito caro, fazem como os ludistas do século XVIII --saem quebrando tudo... No passado, tínhamos os "os quebradores de máquinas". Agora, no século XXI, temos "os quebradores de Fazendas High Tec"... È MENTIRA da Igreja Católica que essa situação em Correntina tem a ver com a questão de água. A verdade é que a Igreja Católica sempre esteve errada. Esteve errada na INQUISIÇÃO, nas CRUZADAS, na REFORMA, e está tremendamente errada agora... Um ALERTA !!!!!! Os LUDISTAS do seculo XXI (os quebradores de fazendas) tudo indica vão sair por aí quebrando todas fazendas high Tec que encontrarem pelo caminho. Essa é a 'solução" para o problema deles.
COMENTARIO NOTA 10
No passado, a Igreja, através da inquisição, condenava à fogueira pessoas que não concordavam que a Terra era quadrada (como Bruno Giordano, ou condenava ao opóbrio quem discordava dela, como Galileu Galilei)... e a maioria simplesmente aceitava a estupidez ou acreditava no que igreja dizia..., o mesmo acontece atualmente na questão da irrigação (como em Correntina/BA).. alguns da igreja ainda dizem barbaridades, e a massa segue... Pobres infelizes, não aprenderam a ter visão crítica, apesar de centenas de anos de lição de historia.
ricardo luiz durigon tapera - RS
Interessante é ver o pessoal da esquerda pedindo Reforma Agrária, terras, etc... sendo que o "Filho do Brasil" e sua turma estiveram por tantos anos no poder e o que aconteceu? Não ganharam nada! Aliás, estes estão ajudando a pagar a conta dos estragos causados pelo seu grande chefe... E esta destruição toda não tem nada a ver com rios, preservação, ou coisas do tipo. É uma pena que quem participa destas coisas não consegue perceber os verdadeiros interesses...
Augusto Mumbach Goiânia - GO
Se vocês observarem a própria página do Notícias Agrícolas, vocês irão entender porque esse tipo de coisa acontece. Vocês verão as atitudes dos marginais em uma manchete e várias outras manchetes de manifestações em apoio a essas atitudes. Dentre outras tantas outras semelhantes e sempre contra o agricultor e o pecuarista. No meio disso tem um bilhetinho de repúdio da CNA. Não tem manifestação da classe produtiva, não tem cartaz não tem manifestação, nada. Ou será que estão acontecendo e estão sem cobertura da mídia. Nem mesmo do Notícias Agrícolas...
Essa questão é fácil de responder Sr. Augusto. Quantas pessoas aqui do site que possuem midia social tipo facebook foi ao perfil da senadora Ana Amélia dar parabéns a ela? Quantas curtiram a página, quantas deixaram mensagens de apoio? Quantos produtores acessam o blog do agricultor e ativista Valdir Fries? Quantos produtores deixam de assistir globo news para ler sites que lutam pelos produtores como o Instituto Plinio Correa de Oliveira? Li aqui uma idéia -- que é um equivoco muito grande de muitas pessoas -- dizendo que não devemos dar dinheiro para a Igreja Católica..., digo que devemos dar dinheiro sim, aos padres realmente Católicos e que são anti-comunistas, como ordena a doutrina. Padres comunistas ou simpatizantes de socialistas não só não devem receber dinheiro como devem se desmascarados. Por fim, nossas entidades representativas estão todas comprometidas com uma agenda globalista que defende e reforça o discurso ideológico ecológico e que serve como forma de acirramento de conflitos e luta politica. Enquanto não entendermos isso, e ocuparmos todos os espaços de decisão e comando, ficaremos à mercê de uma ideologia que promete tirar dos ricos para dar aos pobres como solução para o problema da pobreza e miséria.
Se perguntarem a este tipo de pessoas que apoiam este tipo de vandalismo, o que eles fazem para ganhar a vida... vão ver que são vagabundos! Nunca tiveram uma carteira de trabalho! "NUNCA TRABALHARAM", ficam pegando caronaa n desgraça alheia para aparecer! País de dirigentes sérios não aceita este tipo de pessoas, tem que botar todos na cadeia e faze-los trabalhar, eita gentalhas!
Parabéns Rodrigo P. Pires, seu comentário acertou na mosca. Infelizmente vivemos num pais de analfabetos funcionais que nada leem sobre assuntos econômicos, políticos e sociais..., falam pelo que assistem nas tvs abertas e pelo que ouviram dizer. São facilmente influenciados. Enquanto não se investir em educação de qualidade para todas as classes, continuaremos assim.
Lourenço Souto Maior Jataà - GO
A esquerda "intectualizada" se prestar a esse papel é, no mínimo, ridículo. Ficaram aí 13 anos saqueando a nação... por que não resolveram a questão desses parasitas? Como nosso país pode avançar economicamente com esse bando de barnabés querendo viver à custa do estamento burocrático? Sinceramente, se eu pudesse iria embora desse lugar.
Augusto Mumbach Goiânia - GO
O que faz um cientista de geografia agrária? Coisa esquisita...
Não existe tal coisa como cientista de esquerda. Inteligência e comunista não cabem no mesmo corpo. Isso aí é uma cambada de maconheiro...
Sr. Carlos William Nascimento, por esse e outros comentários, tornei-me seu fã... São "pérolas" que aliviam nossas mentes.
Marcos de Souza Dias Maringá - PR
Fui bloqueado. Repito: O município baiano de Correntina, onde acontece a falsa "guerra" da água, uma depredação criminosa feita por "blackblocs" contratados que se dizem "agricultores revoltados porque o rio diminuia o curso em 15 cm" quando eram ligadas as bombas do agronegócio, cujo projeto foi feito nos mais rigidos critérios tecnicos, é dirigido pelo Partido Comunista do Brasil. Essa foi uma manobra de retaliação e de intimidação, com a finalidade de diversificar o foco, pois seis vereadores da base do prefeito já estavam presos, desde outubro, por corrupção. O prefeito do PCdoB, tem o apelido de "Maguila". O governador da Bahia é do PT. A confraria marxista está apoiando mais uma ação criminosa. Precisa mais?
"Temos filmagens, comprovação de solicitação de propinas, dez cheques no valor de R$ 50 mil que foram apreendidos em um cofre que ficava na residência do presidente da Câmara de Vereadores", afirmou a promotora Ana Manuela Meira.Luiz de Santana Junior Aracaju - SE
Com essa linha de pensamento e atitude, voltaremos já, já ao período do olho por olho, dente por dente...., a Justiça tem de ser ágil e dura para com esses malfeitores travestidos de defensores do povo e do meio ambiente.
se voltar ao estilo faroeste, bang bang, com certeza situação atual não seriam o mesmo, porque esquerdista não tem peito para enfrentar, não passa de covarde vagabundos
NADIR TOMASINI JUNIOR Sarandi - RS
Hora de todas as pessoas de bem clamarem por uma intervenção militar para salvarmos o Brasil da escravidão comunista. Basta!!!!
Rodrigo Polo Pires Balneário Camboriú - SC
Como é fácil falar "nós queremos mudar o sistema de desenvolvimento", mas não dizem como... a não ser que é necessária uma reforma agrária onde tudo poderá ser expropriado... Não há modelo algum a ser colocado no lugar das irrigações, é só conversa mole, lorotas e ideologia. Palavras como agricultar, regime hidrológico são colocadas em circulação apenas para fazer com que a população creia que há um outro modo de produzir, sem uso intensivo de tecnologia, e ainda dizem ecológica e economicamente sustentavel. Economicamente nem tanto por que dinheiro é coisa de capitalista..., a palavra de ordem é "ecologicamente sustentável".
Rodrigo Polo Pires Balneário Camboriú - SC
A questão da água é apenas pretexto, o que eles querem na verdade é a modificação do sistema economico, querem uma ditadura socialista aos moldes da Venezuela.
Janio Matheus Rossi Maringá - PR
Como é fácil fazer um discurso oportunista, pra sair bem na foto...
Quando os Igarashi chegaram à Bahia, compraram pastagens degradadas ( isto quer dizer terras sem os cuidados de manejo adequado tais como conservação de solo, calagem, curvas de nível, acesso adequado dos animais aos rios, manutenção de áreas de preservação permanente, pressão adequada de animais, além de outras). Comprou a área e submeteu-se às normas ambientais e licenciou-se. Investiu pesado e passou a produzir alimentos. Se houvesse necessidade de readequação de captação de água, devia-se procurar as instituições competentes. Chegar lá e quebrar tudo com a desculpa de dano ambiental só serve à velhinha de Taubaté.Essa "guerra" da água, a depredação criminosa feita por "blackblocs" contratados que se dizem "agricultores revoltados porque o rio diminuia o curso em 15 cm" quando eram ligadas as bombas do agronegócio, cujo projeto foi feito nos mais técnicos critérios, é uma manobra de retaliação e de intimidação, com a finalidade de diversificar o foco, pois seis vereadores da base do prefeito já estavam presos, desde outubro, por corrupção. O prefeito, do Partido Comunista do Brasil, tem o apelido de "Maguila". O governador da Bahia é do PT. Precisa mais?
"Temos filmagens, comprovação de solicitação de propinas, dez cheques no valor de R$ 50 mil que foram apreendidos em um cofre que ficava na residência do presidente da Câmara de Vereadores", afirmou a promotora Ana Manuela Meira.
Eu tenho um amigo com quem trabalhamos juntos por trinta anos, e ambos aposentamos em 1995. Ficamos sem nos ver por 22 anos. E para minha surpresa, recebi uma visita dele, trazido por um outro amigo em comum, no dia 05/11/2017. O que me deixou muito feliz... Dito isto, eu preciso contar uma história que me fora contada por este amigo, há mais de quarenta anos. (E somente a contarei porque acabo de ler esta matéria sobre a invasão das duas fazendas, produtivas, lá na Bahia). O fato se deu em Pernambuco. O pai do do meu amigo tinha uma pequena propriedade rural, de onde ele tirava, a duras penas, pela constante falta de chuvas, o sustento de sua família, em uma cidade Pernambucana. Longe de suas terras, aproximadamente uns três quilômetros, passava um pequeno riacho. Então ele resolveu abrir, no enxadão, um pequeno desvio de água, para manter uma reserva, quando a chuva faltasse. E por muitos dias pôs-se a trabalhar de sol a sol, para concluir o seu trabalho. Nenhum vizinho se dispôs a ajudá-lo, pelo contrário o que ele ouvia eram chacotas a respeito do seu esforço. Agora sabem o que aconteceu depois de o canal estar terminado, e ligado ao rio? Boa parte daqueles que debochavam dele, correram a tentar abrir uma ligação entre o canal que já estava pronto, e as suas propriedades. Porem o pai deste meu amigo não era de deixar nada para depois, correu a avisar a cada um dos espertinhos que: "Você pedem pegar água até do inferno, mas utilizando este meu canal, não. E se tentarem o caldo poderá entornar"... Resumindo, cada um que quis ter uma reserva de água, teve que deixar preguiça de lado, e botarem as mãos na obra.... E é desta forma que agem os tais Socialista. Eles estão sempre prontos a dividir, mas dividir o que é dos outros. Quando já destruírem tudo o que outros produziram, ai acaba o Socialismo. Portanto Sr. Lula, não basta o cidadão se auto intitular como sendo o mais honesto do mundo. É preciso ele provar que realmente o é. Pense. Qualquer duvida me ligue.
Heber Marim Katuete - PY - PI
Ocorreu um crime de destruição do patrimônio... Apoiar é apologia!!!
Hora de TODAS pessoas de bem clamar e apoiar uma intervenção militar. A ÚNICA
Certamente o empreendimento está licenciado. Se existia alguma irregularidade, as instituições estão aí para resguardar os direitos coletivos. Já a invasão gera uma enorme insegurança jurídica... O que podemos esperar de uma comunidade cientifica brasileira que apoia a bandalheira e a destruição?
Isso causa revolta em quem produz alimento diariamente e não tem o devido reconhecimento neste país.
Até parece que adianta argumentar com essa dita "esquerda intelectualizada"... Melhor é cortar as verbas das pesquisas que não acontecem e, quando acontecem, não servem para nada.... ou lá vem o chavão da incompetência " precisa estudar mais", "precisa de mais verba". Pão com mortadela para eles!!!!. Viagens cientificas, apenas para países assemelhados a eles, tipo Sudão, Iêmen, Paquistão, Cuba e até Venezuela.
E o pior é que esses caras estão em frente à UFPR, universidade na qual me formei. Tem de descer o cacete mesmo...