Parcerias bem-sucedidas com proprietários rurais colaboram para o avanço da Ferrovia Estadual de Mato Grosso
A pecuarista e produtora de grãos Sirleia Strobel é proprietária de uma área rural no município de Rondonópolis e, no último ano, tornou-se também uma parceira estratégica para a realização do novo projeto logístico vivenciado por Mato Grosso, com a construção da Ferrovia Estadual Senador Vicente Emílio Vuolo.
“As negociações foram respeitosas, considerando os transtornos que o traçado dos trilhos poderia trazer para as nossas atividades. Além disso, eu sinto que estou contribuindo para o desenvolvimento do estado, uma vez que a expansão da logística é essencial para aumentar a nossa competitividade,” afirma a produtora rural.
De acordo com a Rumo, até o final do ano de 2024, as equipes responsáveis pelo setor de Gestão Fundiária da empresa realizaram mais de mil contatos diretos a proprietários de áreas rurais que poderão ser utilizadas para passagem do traçado previsto da ferrovia, de Rondonópolis a Lucas do Rio Verde, com um ramal para a capital, Cuiabá. Somente o primeiro trecho em obras, que corresponde a 162 km do projeto da Ferrovia Estadual, demandou aproximadamente 180 negociações.
Diálogo justo e transparente com os proprietários de áreas rurais
As equipes do setor de gestão fundiária da Rumo são as primeiras a fazer contato com os proprietários de imóveis que possuem áreas atingidas pelo traçado da ferrovia. Antes mesmo de qualquer negociação e do início das obras, as equipes trabalham em conjunto com o setor de engenharia para definição de viabilidade do traçado dos trilhos. Nesta etapa, são realizados estudos detalhados, como levantamentos topográficos, sondagens e avaliações de solo, além de identificação dos proprietários das áreas e análises sobre a dinâmica das propriedades afetadas, bem como as soluções que devem ser agregadas ao projeto para minimizar possíveis impactos em sua capacidade produtiva.
O acesso às propriedades é solicitado com antecedência, para que os estudos possam ser conduzidos de forma criteriosa, afinal nenhuma negociação pode ser realizada sem que a área seja previamente avaliada e aprovada. Somente as análises de viabilidade do solo e de geografia local garantem que o terreno possa suportar a infraestrutura planejada. Com o traçado definido e o projeto desenvolvido, as propriedades passam por uma avaliação de mercado.
De acordo com a gerente de Meio Ambiente e Gestão Fundiária da Rumo, Stefani Age, a partir de negociações respeitosas e justas, a empresa assegura a indenização adequada das áreas, com valores de mercado e principalmente, avaliações socioeconômicas que permitem que o projeto esteja adequado à realidade de cada propriedade. Os critérios garantem a manutenção das atividades econômicas, sejam elas de pecuária ou agricultura. Em áreas de criação de animais, por exemplo, são planejadas possíveis soluções, como a construção de passagens para o gado ou ajustes em cercas. Em propriedades agrícolas, especialmente aquelas com sistemas de irrigação, busca-se garantir que as atividades não sejam inviabilizadas, por meio de um trabalho de estreita parceria com os proprietários e funcionários rurais.
“Nosso foco é assegurar que a propriedade continue sendo produtiva. Esse cuidado gera um ambiente de confiança e colaboração, onde os proprietários sentem-se seguros e alinhados com as expectativas do projeto. Mesmo sendo áreas declaradas de utilidade pública, a Rumo não atua de forma unilateral. O respeito às pessoas e ao diálogo é parte essencial do processo, o que tem resultado em uma aceitação positiva, com mais de 90% das negociações de servidão sendo realizadas de forma amigável”, destaca Stefani Age, gerente de Meio Ambiente e Gestão Fundiária da Rumo.
Sustentabilidade e inovação com o Fundiar
A Ferrovia Estadual de Mato Grosso é um projeto inovador, de longa extensão e que exige uma estrutura diferenciada para a execução plena e sustentável dos serviços. Por isso, a Rumo desenvolveu um avançado sistema de georreferenciamento, que promove o monitoramento e gerenciamento das ações entre os envolvidos no projeto, sejam os responsáveis técnicos pela obra, construtores ou proprietários das áreas rurais impactadas pela ferrovia. O objetivo da plataforma - denominada Fundiar - é garantir o alinhamento e divulgação das ações executadas durante a obra, além de manter um canal de comunicação direto e transparente com todos os parceiros.
O sistema Fundiar faz o acompanhamento das obras em cada propriedade, em tempo real. Equipes dedicadas vistoriam as atividades nas propriedades, mantendo contato próximo aos proprietários e garantindo a rápida resolução de possíveis problemas e o respeito aos acordos e às atividades rotineiras realizadas nas propriedades.
“Com equipes dedicadas e o suporte do Fundiar, conseguimos assegurar que todas as movimentações sejam feitas de forma respeitosa, preservando as atividades produtivas e os recursos naturais das áreas impactadas”, finaliza Stefani Age.
Diálogos constantes e ações transparentes refletem o compromisso da Rumo com um modelo de desenvolvimento sustentável, que beneficia não apenas os envolvidos diretos no projeto, mas também as comunidades e trabalhadores locais.
Com milhares de empregos gerados e um impacto positivo no agronegócio, a ferrovia é mais do que uma obra de infraestrutura: é um exemplo de progresso equilibrado e respeito às pessoas e ao meio ambiente.
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