Novos armazéns aumentam capacidade estática no Porto de Paranaguá
A movimentação de açúcar ensacado e carga geral contará com novos espaços para armazenagem no Porto de Paranaguá, litoral do Paraná. O Grupo FTSpar, presente há mais de 35 anos no setor portuário, passou a administrar uma área com 23 mil metros quadrados, sendo 5 mil metros quadrados de área construída, com capacidade estática de 18 mil toneladas.
“O armazém tem uma excelente localização na região portuária com acesso rodoviário e ferroviário. A estrutura fará parte das operações da FORTEPAR, terminal especializado na armazenagem e operação de carga geral e açúcar ensacado já em funcionamento no porto paranaense”, afirmou Valdecio Bombonatto, diretor-presidente do Grupo FTSpar.
Com o investimento de R$4 milhões, o complexo FORTEPAR Filial Ayrton Senna passa por obras de reforma, ampliação e modernização.
Contando com a estrutura do Porto Ponta do Félix em Antonina, também administrado pelo Grupo, o objetivo é chegar a 150 mil toneladas de capacidade estática.
”Desta capacidade estática total de 150.000 toneladas, temos 75.000 toneladas dentro de zona primária alfandegada e 75.000 toneladas em Recinto Alfandegado e Armazém Geral, para que as Usinas fora do estado do Paraná possam usufruir de seus regimes fiscais”, explica Bombonatto.
O Grupo também investe em equipamento mecanizado de terra, guindaste móvel MHC - Mobile Harbor Crane, para otimizar as operações e aumentar a produtividade diária de embarque. A FORTEPAR iniciou as atividades com recorde de produtividade no embarque de 25 mil toneladas de açúcar em sacas com destino ao Sul da África, entre os dias 03 e 10 de junho.
Nesta primeira operação, em apenas 12 horas foram carregadas 3.003 toneladas de açúcar ensacado, movimentação 70% maior do que a produtividade (prancha mínima) exigida pelo Porto, que é de 3.500 toneladas em 24 horas.
“Com os novos equipamentos contaremos com preferência de atracação para os navios junto a Autoridade Portuária”, lembra Bombonatto.
Escoamento do açúcar brasileiro
O Brasil está entre os maiores exportadores de açúcar do mundo, sendo responsável por mais de 45% do total do produto comercializado.
De acordo com a Confederação Nacional de Abastecimento (CONAB), a produção de cana-de-açúcar deve chegar a 637,1 milhões de toneladas no ciclo atual, 4,4% a mais que na safra 2022/2023. Parte desta carga passa pelo Porto de Paranaguá, no litoral do Paraná, segunda maior porta de saída do produto, ficando atrás apenas do Porto de Santos.
Para Pietro Costantino, diretor comercial da Timbro Trading, que deve movimentar cerca de 500 mil toneladas de açúcar ensacado na safra atual 2023/24, a armazenagem está entre as preocupações. Como o açúcar brasileiro se tornou competitivo, principalmente no Oeste Africano, a demanda veio mais forte do que nos anos anteriores e se tornou uma oportunidade para os players do mercado, porém virou um desafio o escoamento devido ao gargalo logístico em terminais.
“Esta ampliação da capacidade estática no Porto de Paranaguá é importante para garantir uma logística mais linear nos embarques de navios e não ficar vulnerável a problemas de transporte do interior para o porto”, lembrou Constantino.
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