Argentina tem portos paralisados por greve nesta 2ª feira e mais paralisações estão previstas para semana
A Federação da Indústria Marítima, Portuária e Naval da República Argentina (Fempinra) anunciou, nesta segunda-feira (17), uma paralisação por 24 horas nos portos e terminais do país e conta com o apoio da Urgara (União dos Recebedores de Grãos e Afins da República Argentina), trazendo mais uma fonte de preocupação para o agronegócio argetino, uma vez que atinge em cheio os portos locais.
De acordo com a mídia local, nesta segunda-feira foram interrompidas as atividades na Hidrovia e portos e, na quarta-feira, 19 de abril, está prevista uma paralisação dos terminais próximos a Buenos Aires, Dock Sud e no corredor Zarate-Campan. O cronograma terminaria na sexta-feira (21), com a parada do estaleiro Rio Santiago.
Representantes do movimento afirmam que as greves buscam uma revisão do imposto de renda pago pelos trabalhadores do setor, alegando que as últimas mudanças propostas pelo ministro Sérgio Massa, da Economia, não trouxeram grande alívio aos profissionais. E com negociações quase que esgotadas, sinalizam que uma conciliação entre as frentes não está no horizonte.
Assim, as associações de classe em greve afirmam que todo o corredor fluvio-marítimo - a chamada Hidrovia - incluindo o Canal Martín García e a Ria Bahia Blanca serão afetados, bem como os sistemas de dragagem, barcos e oficinas.
"A greve está afetando absolutamente todos os portos (na região de Rosário). Todos estão parados em função dessa greve da Urgara", disse o head da Câmara de Atividades Marítimas e Portuárias da Argentina, Guillermo Wade, à Reuters Internacional. O país é o maio exportador mundial de farelo e óleo de soja, além de peça-chave no fornecimento global de milho e trigo.
Nesta segunda-feira, ao lado de outros vetores, estes mercados todos no cenário global subiram, refletindo também as preocupações com a logística comprometida na Argentina que agravam ainda mais o quadro local do agronegócio e expõe de forma mais clara ainda a fragilidade do país que segue mergulhados em crises política e econômica. Os futuros do óleo de soja, do farelo e do trigo encerraram a sessão na Bolsa de Chicago com altas de mais de 1%.
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Com informações do Infocampo, Revista Chacra e Reuters Internacional
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