Greve de caminhões na Argentina diminui; fluxo de grãos para portos aumenta
Por Maximilian Heath
BUENOS AIRES (Reuters) - Uma greve de caminhoneiros argentinos continuou na quinta-feira (30), embora tenha diminuído em algumas áreas consideradas chave ao redor do principal polo de grãos de Rosário, ajudando a melhorar o fluxo para os portos, disse uma agência de transporte local e a bolsas de cereais.
O protesto contra os altos preços dos combustíveis, que começou na semana passada, ameaçou paralisar as exportações de grãos durante um importante período de safra. A Argentina é o maior exportador mundial de óleo e farelo de soja processado e o segundo maior de milho.
O número de caminhões que entram nos portos, no entanto, aumentou na quinta-feira, subindo cerca de 70% em relação ao dia anterior, para mais de 1.500, embora abaixo dos níveis médios normais, de acordo com a bolsa de Rosário, enquanto os manifestantes permitiam que mais cargas de grãos passassem.
"Os caminhões que tivemos ontem nos acostamentos foram movidos e a única área realmente com manifestantes é bem no sul da província", disse a agência de segurança rodoviária em Santa Fé, região onde fica Rosário.
Os portos interiores de Rosário são o ponto de partida de 80% das exportações agrícolas da Argentina. A maioria chega de caminhão.
O chefe da câmara de beneficiadores e exportadores de grãos CIARA-CEC, Gustavo Idígoras, disse que a situação ainda não está normalizada. Na quarta-feira, a câmara havia alertado que as exportações poderiam ser atingidas nos próximos dias se as coisas não voltassem ao normal.
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