Após duas semanas, auditores fiscais federais agropecuários retomam atividades na área integrada entre Ciudad del Este e Foz do Iguaçu
De acordo com documento emitido nesta quinta-feira (2) pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e órgãos de vigilância e fiscalização ligados ao Ministério, os auditores fiscais federais agropecuários que haviam sido removidos da Área de Controle Integrado entre Foz do Iguaçu, no Paraná, e Ciudad del Este, no Paraguai, devem voltar às atividades nesta sexta-feira (3).
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O presidente do Sindicato dos Transportadores Rodoviários de Foz do Iguaçu e Região (Sindifoz), Rodrigo Ghellere, explica que solicitações feitas pela categoria foram acatadas, o que motivou o retorno às atividades.
Um documento emitido pelo MAPA no dia 27 solicitando adequações necessárias para a atuação dos funcionários brasileiros na Área de Controle Integrado continha pedidos desde as instruções para a inspeção das cargas, destinação da carga com problemas fitossanitários, infraestrutura de trabalho e presença de agentes de segurança em número suficiente para garantir a proteção dos funcionários, entre outros.
De acordo com informações do indicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical), os auditores fiscais federais agropecuários, ligados ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), que atuam na Área de Controle Integrado, liberando as cargas para entrarem no Brasil, foram retirados após um dos funcionários ter sofrido agressão física. Entretanto, Ghellere, pontua que foi um caso de agressão verbal, mas que, de toda maneira, o Sindifoz "é veementemente contra qualquer tipo de violência".
Segundo Ghellere, no início desta semana a fila de espera para que caminhões, principalmente carregados com grãos, que deveriam passar do Paraguai e ingressar no Brasil destinados às indústrias de rações, contava com mais de 1.100 veículos. Nesta sexta-feira, segundo ele, são em torno de 1.380 caminhões parados no lado paraguaio para passarem por fiscalização na Área de Controle Integrado.
Apesar da retomada das atividades, conforme explica Ghellere, os agentes ligados ao MAPA seguem em operação padrão, ou seja, liberando menos veículos do que o de costume. Se geralmente, segundo o presidente do Sindifoz, são liberados cerca de 400 caminhões por dia, agora serão em torno de 200 veículos cruzando a fronteira diariamente. "Com isso, a situação deve levar cerca de dez dias para ser normalizada", afirma.
RELEMBRE O CASO
Conforme indormações da Anffa Sindical, o caso de agressão física teria ocorrido no último dia 20 de maio na Área de Controle Integrado de Cidade do Leste, onde é feita a fiscalização de produtos vegetais. "Faz mais de uma semana que está ocorrendo esse congestionamento, e segundo levantamos ontem (30 de maio) o congestionamento era de 1.100 veículos", disse Ghellere.
"A recorrência de irregularidades confirmadas pelos auditores do MAPA nas ações de fiscalização irritou caminhoneiros paraguaios, resultando num ambiente de trabalho hostil que oferece risco à segurança dos auditores na região, culminando com a agressão a um dos servidores da fronteira. O episódio foi devidamente denunciado à autoridade da Polícia Nacional do Paraguai, para apurar e punir o agressor", informou oa Anffa Sindical, em nota.
Desta maneira, a chefia do serviço de vigilância agropecuária optou por retirar os servidores do MAPA do local, transferindo-os para o Porto Seco Rodoviário de Foz do Iguaçu (PR) por tempo indeterminado, conforme pontua a entidade sindical. Segundo a Anffa Sindical, os veículos serão fiscalizados no Paraguai, que emitirá o Certificado Fitossanitário das cargas, enquanto os controles de responsabilidade do MAPA serão realizados normalmente em Foz do Iguaçu.
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