Após furacão Ida, empresa exportadora de grãos volta a ter energia elétrica
Os impactos do furacão Ida nas estruturas de empresas exportadoras no Golfo dos Estados Unidos, que embarca 60% dos produtos americanos, foi o grande destaque da semana. Após dias de incertezas e de queda dos preços na Bolsa de Chicago, o mercado voltou a digerir melhor o cenário.
Nesta sexta-feira, 3, AgResource foi informada que a instalação da Louis Dreyfus Company, em Port Allen, na Louisiana, voltou a ter energia e está aguardando a retirada de detritos do baixo rio Mississippi para que os navios voltem a transportar os grãos.
Outros exportadores, além da Cargill (que sofreu danos estruturais), estão fazendo avaliações das instalações e aguardando a volta da eletricidade. Visualmente, essas instalações parecem ter sofrido apenas pequenos danos. Mesmo assim, os engenheiros estão vasculhando as unidades em busca de falhas estruturais. Espera-se que nesta sexta ou no início da semana que vem essas avaliações sejam concluídas.
Confira a situação atual das empresas exportadores do Golfo dos EUA:
Louis Dreyfus Company em Port Allen - O terminal voltou a ter energia elétrica e atualmente a empresa espera o rio Mississipi reabrir e o fluxo dos navios ser restabelecido para retornar os carregamentos.
Cargill em Westwego - Empresa continua sem energia. Aparentemente, há alguns pequenos danos e precisa confirmar se há impactos maiores.
Cargill em Reserve - Continua sem energia elétrica e possui danos extensos. A expectativa é que demore mais tempo para voltar a funcionar.
Zen-Noh Elevator - Empresa está sem eletricidade e atualmente trabalha para restaurar a energia.
Bunge em Destrehan - Aparentemente, os danos foram baixos até onde foi possível verificar. Há uma equipe tentando entrar da empresa para realizar uma avaliação mais aprofundada. Assim que a energia elétrica voltar, terão informações mais novas. Vale destacar que a área em volta deste terminal foi fortemente danificada.
ADM em Ama - A empresa está sem energia elétrica e precisa de uma inspeção mais detalhada. A princípio, não parece ter danos extensos.
ADM em Destrehan - Houve danos no telhado da sala de controle e continua sem energia. A área em Destrehan foi fortemente danificada.
ADM em Reserve - Não registrou danos, mas precisará de uma inspeção mais detalhada. A companhia continua sem energia elétrica.
CHS Myrtle Grove - Está com a estrutura inundada e sem energia elétrica. A empresa espera uma avaliação dos danos causados ??pela água. Por conta dos detritos nas estradas, o acesso à companhia está prejudicado.
Análise da AgResource
A expectativa é que na próxima semana os operadores do mercado do Golfo dos EUA voltem a oferecer ofertas FOB/CIF aos importadores mundiais, após uma melhor verificação dos danos às instalações e quando a energia poderá ser restaurada.
Como com o furacão Katrina em 2005, levará de duas a três semanas para voltar a algum tipo de operação normal, com a demanda reprimida e, em seguida, avançando. A perda da demanda para exportação dos EUA para 21/22 será modesta.
0 comentário

ANTT reajusta tabela dos pisos mínimos de frete

Peru busca reunião de alto nível com China e Brasil para avançar em ferrovia bioceânica

Apesar da queda nos preços do petróleo, colheita do milho safrinha deve ser marcada por fretes elevados

Frete tem nova queda em abril com leve recuo de 0,14%, mostra Edenred Frete

Alckmin destaca importância da Ferrogrão para aumentar o escoamento da produção agrícola

Santos Brasil registra R$ 198,5 milhões de lucro líquido no 1º trimestre