Leite/Cepea: Com oferta limitada, preço ao produtor volta a subir

Publicado em 19/03/2025 16:32 e atualizado em 20/03/2025 07:13

Depois de registrar quedas ao longo do último trimestre de 2024, o preço do leite ao produtor voltou a subir neste começo de 2025. Pesquisa do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, mostra que a cotação do leite captado em janeiro foi de R$ 2,6492/litro (“Média Brasil”), altas de 2,5% em relação ao mês anterior e de 18,7% frente a janeiro/24, em termos reais (os valores foram deflacionados pelo IPCA de janeiro).  

Aumento da demanda e de custo com matéria-prima eleva preços do UHT e da muçarela

Pesquisa realizada pelo Cepea em parceria com a OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras) aponta que, em fevereiro, o preço médio do leite UHT subiu 1,93% e o da muçarela, 0,33%, em relação ao mês anterior, passando para R$ 4,35/litro e R$ 33,20/kg, respectivamente. De acordo com agentes consultados pelo Cepea, o impulso veio sobretudo do fortalecimento da demanda durante a primeira quinzena do mês. Além disso, o aumento nos custos, dada a elevação nos preços do leite cru, reforçou o movimento de alta destes derivados. 

Importações têm ligeiro aumento; exportações voltam a recuar

Em fevereiro, as exportações brasileiras de lácteos cresceram expressivos 26,92% em relação ao mês anterior, mas caíram 63,89% frente ao mesmo período do ano passado (fevereiro/24). As importações, por sua vez, subiram 3,76% no comparativo mensal e 16,7% no anual. Com isso, o déficit da balança comercial (em volume) avançou 3,2% de janeiro/25 para fevereiro/25, a 210,1 milhões de litros em equivalente leite, gerando saldo negativo de US$ 92,6 milhões.

Apesar de estabilidade nos preços das rações, custos seguem em alta pelo sexto mês consecutivo

Os custos de produção da pecuária leiteira mantiveram-se em alta em fevereiro. Cálculos do Cepea mostram que o Custo Operacional Efetivo (COE) teve avanço de 0,49% em relação a janeiro/25, considerando-se a “média Brasil” (BA, GO, MG, SC, SP, PR e RS). Apesar da aparente estabilidade nos preços da ração, o encarecimento de outros insumos reforçou o movimento de alta.

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Fonte:
Cepea

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