Aliança Láctea valida Plano de Competitividade e indica passos para o setor lácteo
O setor lácteo sul-brasileiro tem um norteador com dez estratégias para reposicionar a produção nacional. Apresentado na manhã desta quarta-feira (22/11) durante reunião da Aliança Láctea Sul Brasileira, na sede da Farsul, em Porto Alegre (RS), o Plano de Desenvolvimento da Competitividade Global do Leite Sul-Brasileiro (PDCGL) traz um diagnóstico das fragilidades e indica linhas e ações efetivas a serem adotadas em diferentes esferas nos próximos anos. O projeto, elaborado de forma colaborativa por lideranças do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, foi capitaneado pelo então coordenador da Aliança Láctea, Airton Spies.
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O próximo passo será apresentar o plano aos governos dos diferentes estados, ao Palácio do Planalto, empresas e bancos de fomento que estimulem a produção do leite sul-brasileiro. “O leite é hoje a cadeia produtiva que tem os maiores ganhos marginais a incorporar. É um setor que tem ineficiências e no qual ações que forem feitas darão grandes resultados. Tem também potencial de movimentar a economia, gerando empregos e consumo de equipamentos e insumos”, frisou Airton Spies, que, nesta quarta-feira, entregou a presidência da ALSB ao gaúcho Rodrigo Rizzo, da Farsul.
Spies alegou que a produção de leite no Brasil não cresce desde 2014 e isso se deve à renda da população nacional. Um projeto de competitividade como o proposto, mais do que ajudar o setor surge como uma forma de oferecer alimento de qualidade a um preço acessível à população. Segundo ele, o leite brasileiro está desacoplado do mercado internacional com relação a custos, o que o torna pouco atrativo tanto na forma de commodity quanto em itens industrializados. “Conquistar competitividade global é aumentar a produção e enfrentar as importações por meio de competitividade. Falamos que tem mais leite importado no Brasil, mas isso ocorre porque os lácteos brasileiros estão mais caros do que a média mundial”.
Qualidade ao produto brasileiro para conquistar mercados não falta. “Há quem queira importar o leite do Brasil, mas a conversa para quando se fala em preço. O nosso leite não embarca no navio ao preço de commodity internacional”. O ajuste, sinalizou Spies, passa por maior produção no campo, mas também por melhor rendimento industrial por meio de quantidade de sólidos. Mas produzir mais sem novos mercados abertos, alerta, resultará em sobra de leite na Região Sul. Todo e qualquer crescimento, indica o estudo, passa pelo escoamento desse leite para outras regiões do Brasil ou ao exterior.
Apoiando o trabalho, o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, reforçou a necessidade de incorporar algumas ações efetivas relacionadas ao marketing dos lácteos como forma de gerar novos hábitos de consumo, combater a desinformação e valorizar o produto.
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