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Safra de laranja 2024/25 apresenta irregularidades em algumas regiões de São Paulo; citricultores estão no aguardo de chuvas

Publicado em 15/01/2025 10:19 e atualizado em 15/01/2025 12:43
Citricultores estão preocupados com a alta incidência de greening e cancro cítrico em pomares mais novos

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A safra de laranja de 2024/25 tem apresentado irregularidades no estado de São Paulo, em função das temperaturas elevadas e estiagem de mais de 15 dias em algumas regiões. Citricultores estão no aguardo de preciptações para os próximos meses, mas a expectativa ainda segue para a safra de laranja ser regular a boa. 

De acordo com o Consultor do Grupo de Consultores de Citrus (Gconci), Gilberto Tozatti, a safra de laranja tem apresentado sinais mais positivos neste começo de 2025, após um período prolongado de estiagem no ano de 2024 que trouxe um estresse significativo para as plantas.

Em algumas regiões do estado de São Paulo, a safra de citrus apresentou uma ou mais floradas seguidas por um regime de chuvas mais equilibradas. “Isso resultou em um maior número de frutos comprados com a safra anterior”, reportou Tozatti ao Notícias Agrícolas.

De acordo com agentes consultados pelo Cepea, de modo geral os pomares de sequeiro, as laranjas estão na fase de ‘bolinha de pingue-pongue’. “Ressalta-se, contudo, que há falta de uniformidade nas fases de desenvolvimento dentro das regiões e dos talhões”, informou o Cepea.

De acordo com o Citricultor na região de Aguaí/SP, Tonny Simonetti explica que a safra de citrus está muito irregular nas regiões de São Paulo. “Tem variedades que estão apresentando resultados melhores, e outras, que estão piores. Nós estamos aguardando para ver se vai ter outra florada, mas a safra da laranja pera é a que está sendo mais impactada por pegamento”, destacou ao Notícias Agrícolas.

Confira as fotos dos pomares de citrus na região de Aguaí/SP | Fotos: Tonny Simonetti

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Pomares na região de Aguaí/SP  Foto: Tonny Simonetti 
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Pomares na região de Aguaí/SP  Foto: Tonny Simonetti 
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Pomares na região de Aguaí/SP  Foto: Tonny Simonetti  
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Pomares na região de Aguaí/SP  Foto: Tonny Simonetti 
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Pomares na região de Aguaí/SP  Foto: Tonny Simonetti 

A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (FAESP) divulgou que a média de produção por hectare foi revisada para 664 caixas, indicando queda de 27,2% ante o ciclo anterior.

O Consultor do Gconci ainda explica que o tamanho e o peso dos frutos vão depender de fatores climáticos dos próximos meses. “Caso o clima se mantenha favorável devemos ter uma safra regular a boa, mas já esperamos que não alcance níveis excepcionais”, informou Tozatti. 

Ainda conforme pesquisadores do Cepea, embora o atual cenário anime citricultores, a produção de laranja da safra 2025/26 permanece incerta. Uma colheita de fruta de qualidade – que permita boa produção de suco – depende da continuidade das chuvas em volumes satisfatórios neste primeiro trimestre.

Segundo as informações do Departamento Econômico da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp), a incidência de greening e a mecanização continuam impactando negativamente a taxa de queda de frutos, que foi revisada de 17,1% para 19%. Até novembro, 80% da safra havia sido colhida, com destaque para as variedades precoces, que atingiram 97% de colheita.

 

 

O Citricultor de Aguaí/SP apontou que a resistência de greening aumentou nesta safra em pomares mais novos. “No entanto, a incidência de greening é menor em pomares mais velhos e outra doença que está preocupando os produtores é o cancro cítrico”, detalhou Simonetti.

O citricultor relatou em vídeo que o greening também está impactando os pomares de tangerina murcote. “A doença já está bem avançada em que os frutos devem começar a cair e os galhos a secarem. Isso é bem complicado, pois não vai se formar um pomar e não terá um retorno do investimento”, disse Simonetti.

O Gconci também alerta que os pomares estão recebendo melhores cuidados por parte dos citricultores junto com os consultores, para reduzir os prejuízos causados pelo Greening. “Os produtores estão buscando alternativas de convivência até porque os preços estão bons, e isso dá condições para os citricultores cuidarem melhor dos pomares”, conclui Tozatti. 

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Por:
Andressa Simão
Fonte:
Notícias Agrícolas

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