Peru reforça medidas de prevenção contra o greening
O Ministério da Agricultura e Irrigação (Minagri), informou que o Serviço Nacional de Saúde Agrícola (Senasa) aumentou suas ações para impedir a entrada do greening ou Huanglongbing (HLB), que afeta a produção de citros, no Peru. Essas medidas foram implementadas especialmente nos departamentos de Tumbes e Piura, onde a Senasa lançou uma vigilância fitossanitária de alta sensibilidade para a detecção precoce do inseto transmissor Psilídeo Diaphorina citri, que também inclui áreas urbanas.
Ações preventivas
As ações preventivas incluem o fortalecimento da quarentena em áreas de alto risco. Entre janeiro e setembro de 2019, as autoridades apreenderam 1.046 produtos de origem vegetal entre Piura e Tumbes que não possuíam a certificação fitossanitária correspondente. Cerca de 835 produtos e subprodutos de origem vegetal foram apreendidos em Tumbes e 211 produtos em Piura.
Embora a doença do greening ainda não tenha sido detectada no Peru, a Senasa realizou 102 operações em Tumbes durante o ano, principalmente no norte da América do Norte, para impedir que a praga entre no país. Em Piura, eles realizaram três operações nos postos de controle de fronteira com o Equador. Além disso, o Equador e o Peru conduziram uma operação conjunta após o acordo assumido na Comissão Binacional de Combate ao Contrabando.
Treinamento e vigilância fitossanitária
A Senasa treinou mais de 2.800 cidadãos de Piura e Tumbes em medidas de prevenção e controle para impedir a entrada do greening e seu vetor Diaphorina citri no país. Eles ensinaram sobre as características da praga, os anfitriões e como essa praga, para a qual existe um alto risco, está presente na Colômbia, Brasil, Argentina e Paraguai.
A vigilância fitossanitária de alta sensibilidade inclui o monitoramento permanente de áreas de produção e plantas hospedeiras (murraya e citros) em pátios e quintais. Além disso, as autoridades instalaram uma rede de captura nas áreas de risco.
Segundo estimativas, se a praga entrasse no país, geraria perdas de 455 milhões de soles, mesmo com um programa fitossanitário, e causaria uma crise em todo o país. Além disso, haveria excedentes de custo de 20% em cal, 25% em tangerinas e 30% em laranjas.
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