Trigo em alta com estoques em baixa
Desde o início de 2020 o mercado do trigo está passando por um significante revés. Problemas nos principais países produtores e maior demanda dos países asiáticos reduziram os estoques mundiais do grão, gerando alta nos preços. Além disso, a Argentina já comercializou cerca de 75% da safra 2019 – suspendendo as exportações em 26 de fevereiro –, o que acendeu o alerta no Brasil. Isso porque, segundo a Abitrigo (Associação Brasileira da Indústria do Trigo), haverá dificuldades de abastecimento dos moinhos brasileiros a partir de maio próximo,já que o trigo remanescente no país será insuficiente para nossas necessidades de consumo doméstico e, muito provavelmente, não conseguiremos nos abastecer com grão argentino. A saída acaba sendo o cereal produzido nos países do Hemisfério Norte, sobre o qual incide a Tarifa Externa Comum (TEC), de 10%, sem contar a constante alta do dólar perante o real.
Esse cenário, somado à quebra de 33% da produção no Paraná, fez o trigo nacional acompanhar a evolução dos preços internacionais. No Paraná os valores avançaram 18% em algumas semanas e no Rio Grande do Sul, 28%. Pressão que se estende a mercados como São Paulo e Minas Gerais, que já tiveram toda a sua safra comercializada.
De acordo com Rafael Milleo, gerente de Desenvolvimento de Mercado da BASF, o Brasil tem capacidade para produzir e ser autossuficiente na produção do cereal. “Se não conseguimos produzir todo trigo que consumimos não é por falta de área ou tecnologia. Hoje, somente nas terras frias [basicamente os estados do Paraná e Rio Grande do Sul] podemos cultivar cerca de 80% do cereal necessário para o consumo nacional, precisaríamos apenas aumentar os incentivos de produção, ter seguros agrícolas que ofereçam garantia frente às condições climáticas e uma política de preços mínimos que fosse condizente com o custo de produção. Se tivéssemos essas oportunidades, certamente seríamos mais competitivos com nosso produto interno perante as importações de outros países”, comenta o especialista.
Milleo ressalta que parte da tarefa para mudar o sistema já está sendo feita.
O produtor sabe que precisa usar medidas como rotação de culturas, aquisição de sementes com alto potencial produtivo e adaptadas para sua área de plantio, utilizar uma adubação balanceada e manter o controle sobre a incidência de pragas, plantas daninhas e doenças, além de cuidar da qualidade do grão no momento da colheita. Agora depende das iniciativas públicas e privadas fazerem sua lição de casa.
A BASF, como empresa que investe em soluções inovadoras para a agricultura, participa de todas as fases do cultivo, do plantio à colheita, com vasto conhecimento das necessidades do triticultor para a proteção de cultivos, incluindo tratamento de sementes, controle de pragas e manejo eficiente de plantas daninhas e doenças. Para completar seu portfólio, a companhia lançou, no início do ano, uma tecnologia inédita no Brasil: o Sistema Clearfield de produção de
trigo, cuja primeira cultivar TBIO Capricho CL é o resultado de uma parceria com a Biotrigo.
A proposta da tecnologia é controlar as principais plantas daninhas que incidem no trigo, mesmo aquelas já resistentes aos herbicidas inibidores da ACCase ou da ALS, como azevém, aveia e nabiça. Além disso, o cultivar é classificado como trigo Pão/Melhorador, apresentando excelente performance de panificação, e é recomendado paras regiões RS1, RS2, SC1,SC2, PR1, PR2, PR3, SP2.
Aplique somente as doses recomendadas. Descarte corretamente as embalagens e os restos de produtos. Limpar máquinas, canais, drenos e estradas, consultar sempre a assistência técnica. Incluir outros métodos de controle dentro do programa do ManejoIntegrado de Pragas (MIP) quando disponíveis e apropriados. Uso exclusivamente agrícola.
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