Vírus do Rugoso: Doença crítica na Europa que tem potencial de acabar com a produção de tomates ainda não chegou ao Brasil
Identificado pela primeira vez em Israel no ano de 2014, o vírus do rugoso (ToBRFV ou Tomato Brown Rugose Fruit Virus) é a principal ameaça à produção de tomates no mundo. A doença chegou à Espanha em 2019 e já foi registrada em diversos países do mundo, apesar de ainda não ter chegado ao Brasil.
“É um problema mundial que surgiu em 2014 e agora, em 2025, a expansão mundial já é bem clara. Portanto, considero questão de tempo para que chegue a todos os rincões do planeta que sejam produtores de tomate”, diz Ivan Sierra, Técnico Especialista BASF Nunhems.

De acordo com o especialista, mesmo que a doença ainda não tenha sido registrada no Brasil, é importante que os produtores brasileiros fiquem atentos e já iniciem protocolos de prevenção para evitar os grandes danos que podem ser causados na produção.
“O impacto do vírus do rugoso pode ser a ruína da produção, de não poder mais produzir tomates e ter que buscar outra cultura. Penso que tem que se adiantar ao problema. Essa é uma pandemia em termos de agricultura, que está em quase todas as partes do mundo e que vai chegar em algum momento, já que se dá por transmissão mecânica. Uma simples camisa manchada já pode provocar a infecção. Então, começar a pensar em medidas preventivas é muito importante”, relata Sierra.

Gerente de Portfólio da BASF Nunhems, Diego Lemos também destaca essa importância de os produtores brasileiros já ficarem atentos aos perigos da doença. “O rugoso surgiu em Israel, chegou à Espanha e já está em outras partes do mundo, como México e Argentina. O grande ponto é como os produtores do Brasil precisam trabalhar e estar atentos para nos protegermos e estarmos à frente de maneira proativa para nos protegermos”, pontua.
A prevenção começa com cuidados básicos, como a escolha de sementes certificadas, e vai se estendendo para criação de barreiras físicas e de controle fitossanitário.

“A melhor prevenção é evitar que o vírus entre. Para isso, é preciso trabalhar com sementes certificadas e esterilizadas de qualquer virose e, depois, medidas preventivas que são importantes não só para o vírus do rugoso, mas outras doenças também”, conta Sierra.
Algumas das opções que já são colocadas em prática na Europa são o uso de capas, luvas e toucas para quem entrar nas estufas de tomate, não utilizar equipamentos em diferentes zonas de produção, desinfecção de carros, utensílios e pessoas. Após as viagens da Jornada BASF Nunhems, os produtores brasileiros já podem começar a tomar algumas dessas medidas.

“Tivemos a oportunidade de mostrar aos produtores a importância de se preparar para esse vírus, caso ele chegue ao Brasil”, afirma Marina Pacheco, Desenvolvimento de Mercado da BASF Nunhems.

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