Sistema inovador de módulos solares para estufas está sendo testado na Holanda
Em mais uma parada da Jornada BASF Nunhems, o Notícias Agrícolas e o grupo de produtores de tomate e especialistas brasileiros puderam visitar as instalações da Delphy, uma empresa holandesa que se concentra em pesquisa, projetos, gerenciamento de culturas baseado em dados, consultoria e treinamento.
A visita às instalações, que ficam na cidade de Bleiswijk, distante 81 quilômetros da capital Amsterdam, foi guiada pela pesquisadora em horticultura, Linda Nooren, e não pôde ser registrada em vídeos ou fotos, devido à condução de projetos e pesquisas confidenciais.

Grande parte dos trabalhos desenvolvidos por lá tem como objetivo otimizar as técnicas agrícolas para reduzir o uso de recursos, responder melhor aos desafios climáticos e aumentar a produtividade e a qualidade de frutas, vegetais e flores.
Uma das pesquisas que estavam em desenvolvimento para o tomate buscava apontar quais os melhores índices de luz solar para o cultivo, com a mesma variedade semeada nas mesmas condições, manejada com tempo e intensidade de luz diferentes durante a safra.
Outra estufa de pesquisa utilizava inteligência artificial para controlar de maneira totalmente autônoma indicadores como temperatura, luz, fertilizantes e água, garantindo o máximo aproveitamento dos recursos e alta qualidade dos produtos.
Mas a estação que mais chamou a atenção dos especialistas e produtores brasileiros foi a que conduzia uma pesquisa inovadora da empresa suíça Voltiris, que promete revolucionar a geração de energia e luzes para estufas.
De acordo com informações do site da empresa, a ideia é fornecer módulos solares inovadores para estufas, que combinam filtragem de espectro para produtividade agrícola com desempenho fotovoltaico, independentemente do tipo de cultivo.

Para isso, quando a luz solar atravessa o vidro da estufa, um sistema de espelhos dicróicos, que faz parte da solução Voltiris, permite a passagem dos componentes de luz necessários para a fotossíntese das plantas (luz PAR). Ao mesmo tempo, a parte não utilizada do espectro é filtrada e capturada por painéis solares, tendo como resultado energia renovável sem afetar o crescimento das culturas e podendo ser utilizada para cobrir as necessidades da estufa ou vendida para a rede elétrica local.
“Essa é uma inovação de potencial altíssimo que pode resolver um dos grandes desafios do cultivo em estufas, que é o alto custo de energia”, comentou um dos produtores brasileiros do grupo.
Outro ponto interessante da atuação da Delphy na Holanda é a alta conexão com a academia do país, seja em forma de parcerias com as universidades para condução de estudos e pesquisas, seja com a visita de grupos de estudantes. Durante quase 1 hora e meia de visita do grupo brasileiro, pudemos presenciar ao menos três grupos de estudantes holandeses passando pelas instalações.
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