Com a indústria impulsionando, área total cultivada com tomates deve registrar aumento de 4% em 2023

De acordo com o levantamento realizado pelo Cepea, a área total cultivada com tomates deve seguir crescendo neste ano de 2023 – estima-se aumento de 4% frente a 2022. “A indústria continua impulsionando os plantios, visto que, mesmo com o aumento em 2022, a produtividade não foi alta e ainda há déficit de polpa no mercado internacional”, informou o instituto em seu relatório.  

Já para o mercado de mesa, a área deve seguir sem grandes mudanças por mais um ano, inclusive com possibilidade de ligeira redução. A tendência de queda está atrelada à safra de inverno/22, que teve preços baixos entre julho e setembro – quando houve entrada de tomate rasteiro no mercado de mesa –, além da maior oferta de tomate de mesa.

O pesquisador do Cepea, João Paulo Deleo, aponta que a produção para indústria pode influenciar o mercado de mesa em 2023, como ocorreu no ano passado. “Entre os meses de julho e setembro, teve um impacto forte sobre o mercado e é possível que isso ocorra novamente em 2023”, relatou. 

Ainda de acordo com o HFBrasil, a segunda parte da safra de inverno de tomates perdeu força no mês de dezembro/22, e a colheita da temporada de verão 2022/23 começa a se intensificar, mas ainda lentamente. A expectativa é de que a quantidade de tomates colhidos nas praças de verão atinja o pico entre janeiro e fevereiro de 2023.

Preços

Segundo as informações do Ceagesp, a cotação do tomate Carmem 3A registrou um avanço de 7,06% no comparativo diário, em que o valor passou de R$ 6,09/kg para R$ 6,52/kg. Já o preço do tomate Débora 3A teve desvalorização de 31,09%, na qual a referência passou de R$ 6,08/kg para R$ 4,19. 

Já no Ceasa de Minas Gerais, o preço para o tomate Longa Vida/Extra A permaneceu estável e cotado em R$ 4,25/kg. No levantamento realizado pelo Ceasa de Campinas, as referências para o tomate Longa Vida/Carmem Extra e Longa Vida/Débora Extra também seguiram estáveis e cotados em torno de R$ 6,00/kg. 

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