Safra de pera portuguesa anima setor logístico
A safra de pera portuguesa deve resultar em um aumento dos embarques de FLV (frutas, legumes e verduras) operados pela Rangel Logistics Solutions entre a Europa e o Brasil, até o início de novembro, fim previsto da colheita da fruta.
Após ampliar a equipe comercial, fazer acordos com armadores para reservar contêineres refrigerados e assegurar presença nas principais feiras europeias de frutas com sua equipe de vendas, o operador logístico espera embarcar este ano entre quatro e cinco vezes mais pera portuguesa do que o movimentado em 2020. "Queremos uma porcentagem razoável desse mercado", afirma Ítalo Macedo, gerente de novos negócios da Rangel, que está em Portugal para acompanhar a campanha.
O otimismo do executivo tem por base a projeção de demanda da pera portuguesa Brasil, considerada uma fruta premium, não concorrente com a variedade nacional, cuja safra vai de dezembro a março.
Embora o euro e o dólar cotados respectivamente na casa dos R$ 6,00 e R$ 5,00 sem dúvida afetem o poder de compra dos brasileiros, o fato é que a moeda europeia está ligeiramente mais barata em relação há doze meses.
Já o frete está um pouco mais caro. Se há dois anos estava na casa dos 800 euros o contêiner, hoje a cotação oscila em 1,1 mil euros. Ainda assim, a avaliação é que o exportador português consegue pôr o produto no Brasil em condições de venda.
"O consumidor que gosta de pera portuguesa vai comprar o produto - talvez não como há quatro anos, mas vai consumir. Ainda estamos estudando o potencial do mercado e estamos seguros de que haverá demanda", avalia Macedo.
O executivo também vê outras frutas com boas expectativas de venda nos próximos meses, como kiwii, seriguela, manga e uva a serem colhidas no Uruguai, Chile, na Itália e Espanha. "Esses mercados estão retomando e já se organizam para pôr seus produtos no Brasil".
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