Tomate: Clima ajuda e região de Campinas tem bom desenvolvimento da safra; expectativa de até 400 caixas a cada mil pés
Pouco mais de um mês antes do início da colheita, a safra de tomate segue com bom desenvolvimento na região de Campinas. De acordo com informações de Marcos Ravagnani, presidente da da Associação dos Agricultores e Pecuaristas de Sumaré e Região, o produtor, apesar de chuvas expressivas, até o momento não enfentrou grandes problemas climáticos.
"As lavouras estão bonitas, neste ano não temos nada fora da realidade", afirma. Em relação à produtividade, a expectativa é de uma colheita entre 350/400 caixas a cada mil pés. Essa é a média prevista para região, que comprovam o cenário de estabilidade para a cultura.
Questionado se os produtores precisaram diminuir a área de plantio, como aconteceu em outras regiões do país, consequência da pandemia, Marcos destacou que o produtor não sentiu os efeitos da Covid-19 de forma agressiva, podendo assim manter o tamanho da produção. "Os produtores aqui da nossa região são tradicionais. Eles não aumentam, nem diminuem o plantio. Temos uma produção bastante estabilizada", acrescenta.
A produção na região tem como característica abastecer o mercado com abrangência nacional, além de operações pontuais para as exportações. Segundo Marcos, no caso dos embarques, eles só são realizados quanto a Argentina ou Uruguai enfrentam algum problema na própria produção. "Mas lá tudo é feito em estufas, os problemas são minímos, mas quando precisam, a gente também exporta", comenta.
Em relação aos preços, Marcos destaca que a região ainda não começou a comercializar a nova safra, mas que observa que em outras praças produtoras do país, as caixas estão negociadas em R$ 60,00. "Esse preço é o limite para o produtor não começar a ter prejuízos", comenta. O presidente afirma ainda que a alta do dólar vai sim impactar os custos de produção, mas ressalta que muitos produtores possuem estoques de fertilizantes, o que reduz os impactos para essa safra.
Cepea: Oferta elevada e menores qualidade e demanda pressionam cotações
Os preços do tomate salada longa vida 3A caíram nas principais centrais de abastecimento acompanhadas pelo Hortifruti/Cepea na última semana de fevereiro. De acordo com relatos de colaboradores, as desvalorizações estiveram atreladas à maior oferta do fruto, devido ao pico da safra de verão, à maior disponibilidade de ponteiros (há praças com parte das lavouras em final de ciclo e, portanto, gerando maior oferta de ponteiros), à menor qualidade, com tomates manchados devido às chuvas, principalmente em Caçador (SC), Carmópolis de MG e Ribeirão Branco (SP), e à menor demanda, o que é típico em fim de mês.
Segundo atacadistas consultados pelo Hortifruti/Cepea, a maior oferta é de tomates maduros e de qualidade inferior. Nesse cenário, a caixa de 18-20 kg teve preço médio de R$ 45,26 na Ceagesp entre os dias 22 e 26 de fevereiro, 18,8% menor que o da semana anterior. Em Campinas (SP), a média foi de R$ 53,42/cx, queda de 17,8% na mesma comparação. No Rio de Janeiro (RJ), a desvalorização foi de 4,6%, para R$ 53,29/cx na última semana do mês; e em Belo Horizonte (MG), os preços caíram 18,9%, para R$ 41,56/cx, em média, na última semana de fevereiro.
Confira fotos do desenvolvimento da safra na região de Campinas:
*Com informações do Cepea
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