Alface: Restrição de área resulta em rentabilidade positiva em SP e RJ
Mantendo o ritmo do mês anterior, julho foi marcado por valorização das alfaces nas regiões paulistas (Mogi das Cruzes e Ibiúna) e em Teresópolis (RJ) – com rentabilidade positiva aos produtores destas praças. Apesar de a época ser caracterizada por baixa demanda, a flexibilização das medidas de distanciamento social estimulou levemente o consumo. Além disso, a oferta do produto continua limitada, sendo o principal fator para a sustentação dos preços – inclusive para agosto.
Em Mogi das Cruzes, o valor médio da crespa, em julho, foi de R$ 13,97/cx com 20 unidades, 24,1% superior ao custo. Já em Ibiúna, a rentabilidade da mesma variedade foi 29,2% superior, com média de R$ 9,55/cx com 20 unidades. A qualidade dos pés tem sido satisfatória, porém, devido ao ciclo mais longo, alguns estão sendo colhidos antes do ponto e comercializados em tamanhos menores. Produtores paulistas também se preocupam com os impactos da falta de chuva na produção. Desta forma, o manejo tem sido realizado de modo racionalizado, para evitar desperdícios.
Em Teresópolis, a americana apresentou saldo positivo em 82,8%, sendo negociada à média de R$ 9,60/cx com 12 unidades. Na região serrana, a oferta é ainda mais limitada e produtores especulam sobre a necessidade de carregamentos de outras regiões, já que não estão previstos aumentos de área produtiva. Quanto à qualidade, os pés desta praça também foram considerados satisfatórios em julho.
PERSPECTIVAS – Em agosto, a oferta de alface ainda deve se manter limitada, tendo em vista que a produção de mudas recuou levemente em julho (em 3%). Porém, vale lembrar que, neste ano, as aulas presenciais estão suspensas nas escolas – e, no período, o consumo de alface costumava se elevar.
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