CNA debate desafios da fruticultura em Juazeiro/BA

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) promoveu na terça (1º) a reunião da Comissão Nacional de Fruticultura em conjunto com a Câmara Setorial do Ministério da Agricultura no Centro de Excelência em Fruticultura do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), em Juazeiro (BA).

“A reunião foi importante porque debateu temas de extrema relevância sobre a defesa sanitária da fruticultura. Além disso, foi uma oportunidade de debater pontos estratégicos para o planejamento de longo prazo do setor”, afirmou o coordenador de Produção Agrícola da CNA, Maciel Silva.

Um dos itens da pauta foi o Programa de Monitoramento e Implantação de Técnicas de Controle da Mosca das Frutas. O Sebrae apresentou as ações que vem realizando para o monitoramento e controle dessa praga.

A entidade oferece consultoria relacionada ao monitoramento e a utilização de machos estéreos. O atendimento, atualmente, ocorre em áreas estratégicas do Vale do São Francisco e pode ser aplicada em nível nacional.

Para a Diretora do Centro de Excelência em Fruticultura, Thyara Ribeiro, a reunião foi de extrema importância para que os produtores da região possam acompanhar as discussões sobre a fruticultura nacional.

“A reunião foi uma oportunidade para a fruticultura nacional conhecer melhor a estrutura que o SENAR possui para o amparo do setor. Além disso, permitiu que os produtores, pesquisadores e lideranças da região do Vale do São Francisco possam repassar para o colegiado as demandas regionais”.

Carlos Cointeiro, superintendente do Sebrae Juazeiro-BA, falou sobre a importância da parceria com a CNA, que permitiu o suprimento de uma demanda histórica do setor frente à escassez de recursos para defesa sanitária vegetal do país.

Ainda sobre as pragas que afetam a cadeia produtiva, a Câmara Setorial apresentou as ações que foram realizadas nos últimos meses sobre a mosca da carambola, que resultaram na reabertura do estado de Roraima para a exportação de frutas para outros estados.

Para Maciel Silva, um dos principais limitantes é a disponibilidade orçamentária para defesa. “Todas as reviravoltas que ocorreram nos últimos meses, quanto ao impedimento de transporte de frutas por conta da mosca da carambola, tiveram de certa forma relacionadas com as limitações orçamentárias para a fiscalização e a defesa”.

A diretiva 523/2019 da União Europeia, que trata das medidas de proteção contra a entrada, no bloco, de organismos prejudiciais aos produtos de origem vegetal, também entrou na pauta de discussões.

Os membros também discutiram uma proposta da Embrapa para realização de um workshop sobre projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação para os polos de fruticultura irrigada do Semiárido Brasileiro. Um grupo de trabalho foi construído na reunião para discutir o tema.