Novas variedades de amendoim são apresentadas aos produtores de amendoim do Oeste Paulista
Para a agricultura brasileira, a cultura do amendoim reflete sua importância em âmbito econômico, cultural e alimentar. Gerando empregos, movimentando o mercado interno e de exportação e alimentando a população, entende-se que é essencial o investimento em tecnologia e inovação, para uma maior produtividade nos campos.
A Cooperativa Casul é uma empresa que trabalha no setor do agronegócio, atuando no ramo da pecuária e com diversas culturas, principalmente o amendoim, em que se especializou e verticalizou. Inicia com a operação de barter, em que oferece aos produtores rurais, os produtos para o manejo dessa cultura e em retorno recebe os grãos, que são destinados a indústria, passando pelos processos de beneficiamento, blancheamento ou produção de óleo e de farelo. Os produtos resultantes dessas operações, são exportados, alcançando diversos países com segurança e qualidade, com exceção do farelo, que atende o mercado interno.
Dessa forma, a Cooperativa Casul em parceria com a EMBRAPA, enxergando a relevância do amendoim, promoveu um Dia de Campo na última quinta-feira, 25/04, para os produtores da região de Iacri, no estado de São Paulo. O evento contou com conteúdo sobre as novas variedades de amendoim mais adaptadas as condições edafoclimáticas regionais, mais tolerantes as doenças foliares, com grande aceitação industrial no mercado de alimentos. Também foram demonstradas diferentes opções de manejo da cultura do amendoim.
De acordo com Jair Heuert (foto abaixo), técnico que integra a equipe do Programa de Melhoramento do Amendoim da Embrapa, o dia de campo foi uma excelente oportunidade de levar os resultados das pesquisas aos produtores rurais. “A pesquisa é fundamental para o agronegócio, pois através do melhoramento genético conseguimos buscar variedades mais adaptadas a região, consequentemente elevar a produtividade”, comentou.
No evento, a Embrapa apresentou as principais variedades de amendoim para região: BRS 421 OL, BRS 423 OL e o lançamento BRS 427 OL. As três variedades são do tipo rasteiro (Runner), adaptadas ao cultivo mecanizado em grande escala, com alto teor de ácido oleico (Acima de 75 %), uma característica que proporciona aos grãos a conservação das suas qualidades por maior tempo após a colheita, dando um shelf life prolongado.
A BRS 421 OL se destaca pelo excelente padrão de grãos, de tamanho grande e formatos alongados, com possibilidade de 70% serem retidos na peneira 38/42, conferindo um ótimo rendimento industrial. Essa variedade possui um teto produtivo de 7.000 kg ha-1 de amendoim em casca, teor de óleo ao redor de 48%, ciclo tardio (140 a 150 dias), com destaque para sua ampla adaptabilidade e moderadamente resistente às principais doenças foliares.
A variedade BRS 423 OL expressa um elevado potencial produtivo, (7.300 kg ha-1), com ciclo de 130 a 135 dias, moderadamente suscetível as principais doenças foliares causadas por fungos e moderadamente resistentes às viroses. Predominância de grãos médios/grandes com distribuição predominante nas peneiras 38/42 e 40/50, no formato arredondado com teor de óleo ao redor de 48%.
0 comentário
Semeadura do feijão está concluída na maior parte do Rio Grande do Sul
Produção de gergelim cresce 107% na safra de 2023/24 no Brasil
Ibrafe: Acordo do Gergelim abre caminho para o Feijão com a China
Arroz/Cepea: Preços são os menores em seis meses
Arroz de terras altas se torna opção atrativa de 2ª safra entre produtores do norte de Mato Grosso
Ibrafe: Feijão-carioca por um fio