Em meio à oferta restrita, cotações gaúchas de arroz seguem avançando
Em plena entrada de safra, os preços do arroz seguem firmes diante dos desafios com o atraso da colheita impactado pela irregularidade climática. “Em meio a estoques cada vez mais apertados, perdas significativas têm sido reportadas, com uma queda na qualidade dos grãos colhidos em virtude do acamamento das lavouras”, relata o analista e consultor de Safras & Mercado, Evandro Oliveira.
Diante disso, o mercado segue firme, com indicações de preços de até R$ 115,00 por saca para o arroz nobre, com mais de 64% de grãos inteiros e prazos especiais para pagamento. “Essa trajetória de alta nos preços se deve justamente à safra menor em quantidade e qualidade do que as projeções iniciais, com rumores de aproximadamente meio milhão de toneladas já tendo sido perdidas”, explica Oliveira.
As indústrias estão reajustando os preços e devem apresentar novas tabelas para reposições. No varejo, apesar do alívio pontual nas prateleiras, o arroz branco, Tipo 1, está sendo comercializado entre R$ 23,00 e R$ 28,00 o pacote de 5 quilos para marcas comerciais, enquanto as nobres já estão superando os R$ 30,00.
“O piso projetado inicialmente em R$ 90,00 parece ter ficado nos R$ 95,00 por saca no estado gaúcho”, pondera o analista. Todo o Mercosul segue sob pressão, com o Paraguai já tendo comercializado boa parte da safra e agora os produtores parecem aguardar por condições mais atrativas para retornar ao mercado.
Com o dólar superando os R$ 5,20, as importações se tornam pouco atrativas, deixando o arroz importado mais caro e proporcionando um “alívio” para o mercado interno.
Neste contexto, a média da saca de 50 quilos de arroz no Rio Grande do Sul (58/62% de grãos inteiros e pagamento à vista) encerrou a quinta-feira (18) cotada a R$ 104,80, apresentando um avanço de 2,18% em relação à semana anterior. Em comparação ao mesmo período do mês passado, havia uma alta de 4,60%. E um aumento de 19,03% quando comparado ao mesmo período de 2023.
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