Argentina: Apesar das chuvas, índice de soja em boas/excelentes condições permanece em 31%
Choveu na Argentina! Depois de consecutivas semanas de calor intenso e tempo seco, o país recebeu algumas precipitações nos últimos dias, as quais trouxeram certo fôlego e alívio aos campos argentinos.
Segundo as informações trazidas nesta quinta-feira (15) pela Bolsa de Cereais de Buenos Aires, "as chuvas ocorridas em uma ampla região das áreas de produção agrícola na última semana melhoraram a condição hídrica e de cultivo". E as precipitações chegam em um bom momento, já que as plantas se encontram em períodos críticos de desenvolvimento e definição de potencial produtivo.
Ainda assim, para a soja, a bolsa manteve o índice de lavouras classificadas como boas ou excelentes em 31%. Já o percentual de lavouras regulares subiu de 47% para 50% e o de regulares ou ruins caiu de 22% para 19%.
Por outro lado, a condição hídrica nas áreas de soja na Argentina classificada como ótima ou adequada passou de 60% para 73% na semana, enquanto a de regular ou seca foi de 40% para 27%.
O chefe do Guia Estratégico para o Agro da Bolsa de Rosário, Cristian Russo, explicou ainda que praticamente toda a região produtora do país recebeu boas chuvas, com volumes que variaram de 45 a 100 mm, com um padrão de distribuição que se registrou nas 36 estações de monitoramento. E assim, todas as áreas receberam um alívio necessário.
"O que todos estamos vendo agora, nesta semana, é como será a reação das lavouras. Há muitas expectativas nisso. O bom é que as chuvas chegaram, foram bastante homogêneas e chegaram nos milímetros que eram esperados", afirmou Russo, em uma reportagem publicada nesta quarta-feira (14) pelo jornal Clarin, um dos mais importantes da Argentina.
Ainda de acordo com o especialista, as expectativas são grandes, principalmente, porque a previsão é de que, novamente, os próximos dias serão de tempo seco. Por outro lado, as condições permitirão com que os produtores possam avaliar os efeitos das últimas chuvas e verificar as reações de suas lavouras.
As safras vinham se desenvolvendo bem e foram golpeadas por esta onda de calor que castigou o país nas últimas semanas. Com a quebra na safra brasileira de soja, as expectativas são de que ao menos uma parte das perdas daqui sejam compensadas pela soja de lá.
A Bolsa de Rosário já estima que, por conta destas últimas adversidades, seja possível registrar uma perda de área destinada à soja de cerca de 10% na Zona Núcleo, principal região produtora de grãos da Argentina.
Todavia, estas chuvas do final da última semana e começo desta promoveram mudanças consideráveis nas reservas hídricas do país, como aponta um levantamento da Oficina do Risco Agropecuário (ORA). "As chuvas recebidas e a queda da temperatura criam perspectivas mais animadoras para as culturas", afirma a instituição em seu reporte semanal.
Os mapas abaixo ilustram a melhora, mostrando as condições em 4 e 13 de fevereiro.
"As mudanças observadas entre a situação hídrica atual e a do mapa anterior são substanciais, com recargas generalizadas. O estado deficitário persiste apenas no centro de Corrientes e no extremo sudoeste de Buenos Aires, com um comportamento climático mais alinhado ao norte da Patagônia", informou a oficina.
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julio monken silva ponta grossa - PR
Mas ó esquemão agora é blá-blá-blá de área de plantio dos USA