Belarus permitirá trânsito de grãos da Ucrânia sem condições precedentes, diz ONU

Publicado em 12/12/2022 08:50 e atualizado em 12/12/2022 09:24

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Por Michelle Nichols

NAÇÕES UNIDAS (Reuters) – Belarus disse às Nações Unidas nesta sexta-feira que permitiria, sem condições precedentes, o trânsito de grãos da Ucrânia em seu território para exportação por portos lituanos, disse um porta-voz da ONU.

O país, usado por sua aliada Rússia como base para a invasão da Ucrânia por Moscou em 24 de fevereiro, disse em junho que deixaria o grão ucraniano passar pelo país para os portos do Mar Báltico, se Belarus tivesse permissão para embarcar suas mercadorias pelos portos. A Ucrânia não concordou com a proposta.

O vice-ministro das Relações Exteriores de Belarus, Yury Ambrazevich, se reuniu com o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, em Nova York nesta sexta-feira para dizer a ele que não há condições precedentes para o trânsito de grãos ucranianos, segundo o porta-voz da ONU, Stephane Dujarric.

Ambrazevich também “reiterou os pedidos de seu governo para poder exportar seus próprios produtos fertilizantes, que atualmente estão sujeitos a sanções”, disse Dujarric em um comunicado após a reunião.

Belarus, um grande produtor global de potássio, foi atingida por duras sanções ocidentais em 2021-2022, que interromperam suas exportações do fertilizantes pelos portos do Mar Báltico.

Em julho, as Nações Unidas e a Turquia negociaram um acordo com a Rússia e a Ucrânia para retomar os embarques de grãos da Ucrânia no Mar Negro – paralisados desde o início da guerra – e facilitar os embarques de alimentos e fertilizantes da Rússia.

As Nações Unidas ainda estão trabalhando para retomar as exportações russas de amônia, um importante ingrediente de fertilizantes, por meio de um oleoduto para um porto do Mar Negro na Ucrânia.

A ONU disse que a guerra da Rússia na Ucrânia piorou a crise global de alimentos, levando cerca de 47 milhões de pessoas a uma “fome aguda” e provocando a necessidade do acordo de exportação de julho, que foi renovado por mais 120 dias no mês passado.

(Reportagem de Michelle Nichols e Kanishka Singh)

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Fonte:
Reuters

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