AgResource Brasil revisa a produção de soja para 119,73 mi de toneladas e no milho a safra deve atingir 108,15 mi de toneladas

Publicado em 10/05/2022 11:31

Em revisão mensal de safra a AgResource Brasil revisou a produção de soja da temporada 21/22 no Brasil para 119,73 milhões de toneladas, queda de 0,26% em relação à estimativa anterior. A revisão ocorre com 96,62% da área da oleaginosa do Brasil já colhida segundo as estimativas da empresa. “Conforme a colheita avança e se aproxima do final os números das agências estaduais têm sido revistos e consolidados mais baixos, como é o caso do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, além de que várias consultorias têm aproximado seu número dos 120 MMT.” indica Raphael Mandarino, diretor geral da AgResource Brasil.

O principal destaque das consolidações de safra foi no Mato Grosso do Sul, onde a safra se consolidou ainda menor do que os números apontavam anteriormente. Nesse caso a Federação de Agricultura e Pecuária do Mato Grosso do Sul (FAMASUL) reduziu seu número em 2,77 milhões de toneladas em único corte após a finalização da colheita.

Com a redução na produção nacional as exportações de soja podem se consolidar ainda menores que o número estimado anteriormente, e atingir apenas 75,5 milhões de toneladas, queda de 12% em relação a 2021 quando 86,1 milhões de toneladas foram exportadas.


Milho

A área plantada de milho no Brasil estimada pela AgResource em 20,35 milhões de hectares é 1,4% inferior ao número da Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB). O menor número da AgResource ocorre principalmente na segunda safra de milho (15,83 vs. 16,04 milhões de hectares), visto que importantes estados como Mato Grosso e Mato Grosso do Sul consolidaram áreas plantadas inferiores à indicada pela CONAB. Só no caso do Mato Grosso do Sul a agência estadual (FAMASUL) indica uma área consolidada de 168,7 mil hectares menor.

“Essa diferença de área pode ser atribuída ao elevado custo de produção, o que forçou os agricultores a focarem os trabalhos de campo dentro da janela de plantio evitando ao máximo a semeadura além do dia 15 de março. Na safra passada, o atraso do plantio da soja teve reflexo no plantio do milho 2ª safra o que resultou em elevado risco aos produtores, quebra de produção e, em alguns casos, o não recebimento do seguro agrícola por conta do zoneamento agroclimático, o que gera esse receio de plantio tardio na safra atual.” afirma o analista da AgResource João Pedro Thieme.

Já para a produção, a AgResource estima valores menores na primeira safra, em 21,94 milhões de toneladas, devido à ausência de chuvas, enquanto a CONAB elevou o número para 24,89 milhões de toneladas no relatório de abril devido a um aumento de área e produtividade. “Não acreditamos no aumento de área visto que as condições de plantio no sul do Brasil, onde temos a maior fatia do milho 1ª safra, não eram favoráveis o que não justifica a expansão. Além disso, a CONAB relata que as excelentes chuvas de março resultaram em alívio para as lavouras, porém com a maior parte dos campos já em estágio avançado de desenvolvimento, sabemos que a recuperação é limitada.” ressalta o analista.

Na segunda safra, como a AgResource vinha pontuando há algum tempo, problemas climáticos de ausência de chuvas devem trazer impactos negativos na produtividade. O atual número da AgResource é de 84,44 milhões de toneladas, resultando em safra de total de 108,15 milhões de toneladas, porém a empresa segue com atenção na seca em expansão no centro-oeste no mês de abril e início de maio. “Nesse caso, estados como Mato Grosso já tem regiões com mais de 30 dias sem chuvas, e a agência estadual (IMEA) já começou a indicar a redução de safra nessa semana, com perda de 1,2 milhão de toneladas. Acreditamos que a produtividade será ainda menor tanto em Mato Grosso, mas como também em Goiás, Minas Gerais e possivelmente em Mato Grosso do sul onde 78% das lavouras estão em boas e excelentes condições. A quebra a princípio será menor que na 2ª safra de milho da temporada passada. Mesmo com geadas que, caso ocorram, atingirão áreas de milho menos susceptíveis, a safrinha brasileira ainda poderia ser reduzida para até 75 a 76 milhões de toneladas no cenário mais pessimista, resultando em uma produção total de milho em 99 milhões de toneladas no Brasil.” Indica Thieme, Analista da AgResource Brasil.

Já segue nosso Canal oficial no WhatsApp? Clique Aqui para receber em primeira mão as principais notícias do agronegócio
Tags:
Fonte:
AgResource Brasil

RECEBA NOSSAS NOTÍCIAS DE DESTAQUE NO SEU E-MAIL CADASTRE-SE NA NOSSA NEWSLETTER

Ao continuar com o cadastro, você concorda com nosso Termo de Privacidade e Consentimento e a Política de Privacidade.

0 comentário