Alface/Cepea: Oferta restrita e procura aquecida elevam preços em SP
A produção de folhosas foi prejudicada pelo clima chuvoso no início de fevereiro, tendo a umidade interferido na qualidade e gerado perdas nas lavouras. Este cenário, por sua vez, restringiu a oferta nas roças paulistas. Ainda, com as temperaturas elevadas, a procura se manteve com bom ritmo, favorecendo os acréscimos nos preços. No entanto, no decorrer da segunda metade do mês, as precipitações diminuíram e a disponibilidade de produtos nas lavouras voltou a aumentar gradativamente. Além disso, as medidas de restrição decorrentes da pandemia limitaram o escoamento e, desta forma, as cotações de alface se encerraram em baixa na última semana do mês (22 a 26/02).
Porém, mesmo com a desvalorização deste período, produtores e atacadistas de São Paulo observaram preços bastante superiores do produto em comparação com janeiro. A variedade crespa, em Mogi das Cruzes, registrou cotação média de R$ 22,14/cx com 20 unidades, 40,9% superior à do mês anterior; no atacado, a crespa teve alta de 25% e fechou à média de R$ 23,33/cx com 24 unidades, na mesma comparação.
Por outro lado, a melhora da produtividade afetou as cotações em Teresópolis (RJ). A maior oferta pressionou os valores frente a janeiro, sendo que a crespa encerrou o mês com média de R$ 13,58/cx com 24 unidades, queda de 14%. No entanto, o carregamento da praça fluminense para outros estados impediu baixas ainda mais expressivas, auxiliando no escoamento dos produtos.
Caso as condições climáticas continuem favorecendo a produção nas lavouras, a oferta de alface deve ter leve aumento nas próximas semanas. Este fator pode contribuir para uma possível redução dos preços ao longo deste mês, os quais ainda tendem a se manter em níveis favoráveis ao produtor.
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