BRS A502: nova cultivar de arroz da Embrapa traz de volta regiões de sequeiro ao circuito produtivo da cultura

Publicado em 20/11/2020 07:48

O Programa de Melhoramento Genético de Arroz da Embrapa, em parceria com outras organizações, disponibiliza uma nova cultivar de arroz de terras altas: a BRS A502. Com ciclo de até 110 dias, ela se destaca com altas produtividades. Seus estudos tiveram início em 2002, desenvolvidos em Goiás, Mato Grosso, Rondônia, Pará, Maranhão e Piauí. Além da já citada produtividade, apresenta diversas características extremamente positivas, tanto para manejo, quanto para o mercado. Rusticidade; resistência intermediária à brusone, mancha de grãos e escaldadura; e qualidade de grãos, são os principais destaques da cultivar. As avaliações para resistência à brusone foram realizadas nos campos experimentais da Embrapa e no Viveiro Nacional de Brusone (VNB), conduzido em rede por fitopatologistas integrantes das equipes públicas de melhoramento de arroz do Brasil.

Sobre produtividade, segundo o coordenador do programa nacional, pesquisador da Embrapa Arroz e Feijão, José Manoel Colombari Filho, a BRS A502 apresenta média de 4.029 kg/ha e potencial produtivo de 9.075 kg/ha. Além disso, demonstra resistência ao acamamento, com plantas de porte mais baixo e presença de stay green, que é a senescência tardia da planta na maturação dos grãos. A cultivar permite adoção em diversas condições de cultivo, incluindo rotação e sucessão de culturas em áreas sob agricultura intensiva (terras velhas). Ideal para o Norte, Centro-Oeste e Nordeste do País, ela pode ser produzida nas principais regiões de arroz de terras altas.

A alta qualidade dos grãos é determinante para a boa aceitação do mercado, de acordo com Rodrigo Sérgio, analista de Transferência de Tecnologia da Embrapa Arroz e Feijão, pois influencia no valor de comércio e na compra do produto pelo consumidor. Os grãos beneficiados da BRS A502 são da classe longo fino e baixa intensidade de grãos gessados. Com alta estabilidade de rendimento de grãos inteiros (média 67%) e renda de média 74%, a nova cultivar despertou o interesse da indústria, que já está trabalhando com ela nas prateleiras.

Clique aqui para mais informações sobre a cultivar

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Embrapa

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