Produtores de grãos e pecuaristas participam de levantamentos de custos de produção

Publicado em 16/08/2019 16:29

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) realizou, na quinta (15), levantamentos de custos de produção de grãos, pecuária de leite e pecuária de corte em regiões de Mato Grosso, Pernambuco e Tocantins, respectivamente.

Os painéis fazem parte do projeto Campo Futuro e reuniram produtores, sindicatos rurais e representantes das federações dos três estados (Famato, Faepe e Faet), além de técnicos do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), com o objetivo de apurar informações sobre a produção nos municípios visitados.

Em Mato Grosso, o encontro aconteceu em Primavera do Leste para buscar informações sobre o custo de produção de soja e milho safrinha. O assessor técnico da Comissão Nacional de Cereais, Fibras e Oleaginosas da CNA, Alan Malinski acompanhou a reunião.

Na avaliação do consultor agropecuário Clóvis Albuquerque, que esteve no encontro, é fundamental o produtor rural ter o conhecimento detalhado do que ele está gastando para controlar melhor os seus custos e administrar a relação retorno/investimento. Nesta sexta (16), o levantamento acontece em Querência.

O assessor técnico da Comissão Nacional de Pecuária de Leite da CNA, Thiago Rodrigues, participou dos levantamentos de custos da atividade leiteira em Pernambuco, que começaram na terça (13), em Garanhuns, seguiram na quarta em Buíque. Hoje, o painel aconteceu em Bodocó.

“Viemos formular um modelo de produção para saber o que melhor representa a atividade na região para orientá-lo a ter um controle dos seus custos e ter um retorno financeiro. À medida que ele tem tudo na ponta do lápis, ele pode tomar as melhores decisões no se negócio”, explicou Rodrigues.

“O custo de produção é o que mais pesa no custo. E o projeto nos ajuda a saber se estamos tendo rentabilidade ou não”, ressaltou Lázaro André, pecuarista leiteiro da região de Bodocó.

Em Tocantins, o painel de pecuária de corte aconteceu em Araguaçu. Dados preliminares apontam que o município tem uma pecuária tradicional que aos poucos vem agregando tecnologia. A genética também foi um ponto que avançou na região, segundo os participantes.

“As condições climáticas e de solos são mais difíceis, mas aos poucos os produtores estão se vendo obrigados a lidar melhor com essas questões. Um exemplo é a reforma e manejo das pastagens. A maioria dos produtores da região recorre ao financiamento e adotam técnicas como calagem e adubação. Na genética eles também recorrem aos bancos para a aquisição de novos touros e são obrigados a adquirir animais de pura origem”, explicou Caio Monteiro, do Cepea.

A série de levantamentos de custos da pecuária de corte termina nesta sexta (16), em Paraíso do Tocantins.

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CNA

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