Fim de safra aponta produção maior para soja e milho, aponta INTL FCStone
Novos incrementos de produção na safra 2017/18 de grãos são esperados pela consultoria INTL FCStone que, em sua revisão de julho, trouxe leve aumento para a soja, agora em 117,36 milhões de toneladas, e na produção total de milho, em 79,15 milhões de toneladas no Brasil.
No caso da soja, a variação foi de pouco mais de 200 mil toneladas em relação ao número de junho, e decorreu da revisão do número de produtividade de Goiás, que passou de 3,3 para 3,37 toneladas por hectare, levando a produção do estado a 11,43, milhões de toneladas.
“Como a produção foi levemente ajustada para cima e não houve mudanças em variáveis de demanda, os estoques finais estimados também subiram, mas continuam limitados, num nível pouco acima de 1 milhão de toneladas”, explica a Analista de Mercado do grupo, Ana Luiza Lodi. Mesmo com o impasse do tabelamento do frete mínimo, as expectativas continuam apontando para um consumo aquecido da soja brasileira, com as exportações podendo ser recordes e com margens favoráveis de esmagamento.
Para o milho, os novos cálculos da INTL FCStone atualizaram a produção do ciclo de verão de 23 para 23,8 milhões de toneladas, após revisão dos números de produtividade em alguns estados, como Maranhão, Piauí, Paraná e Santa Catarina. Já em relação à segunda safra 2017/18, a estimativa de produção foi mantida em 55,35 milhões de toneladas.
“Mesmo não havendo mudanças no nível de produção da safrinha para o Brasil, houve ajustes em alguns estados, que se compensaram. Para Goiás, a estimativa de produção foi elevada, de 6,14 para 6,4 milhões de toneladas. Já a produção de São Paulo e de Tocantins foi reduzida. No caso de São Paulo, houve, inclusive, um pequeno corte de área”, afirma Ana Luiza.
Destaca-se que, mesmo com a entrada de uma safrinha menor no mercado, as atenções no segundo semestre devem estar centradas na demanda, uma vez que o período concentra as exportações do cereal – que, de acordo com a INTL FCStone, deve concentrar volume menor do que o esperado inicialmente, agora em 28 milhões de toneladas.
“Os impactos do tabelamento do frete tendem a ser importantes, com o custo logístico chegando a ultrapassar o preço do próprio produto em regiões distantes dos portos e dos centros consumidores, e a comercialização se mantém mais travada em algumas regiões”, atenta a Analista de Mercado do grupo, Ana Luiza Lodi.
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FCStone corta estimativa de exportação de milho do Brasil para 28 mi t em 2017/18
SÃO PAULO (Reuters) - As exportações de milho do Brasil devem alcançar 28 milhões de toneladas na safra 2017/18, projetou a INTL FCStone nesta segunda-feira, ante os 30 milhões considerados anteriormente, em meio às indefinições quanto aos fretes.
"Os impactos do tabelamento do frete tendem a ser importantes, com o custo logístico chegando a ultrapassar o preço do próprio produto em regiões distantes dos portos e dos centros consumidores, e a comercialização se mantém mais travada em algumas regiões", disse a analista de mercado do grupo, Ana Luiza Lodi.
A consultoria manteve inalterada sua previsão de produção de milho segunda safra, atualmente em colheita, em 55,35 milhões de toneladas em 2017/18. No ciclo passado, o país colheu um recorde de 67,35 milhões de toneladas do cereal durante a safrinha.
Quanto à soja, a INTL FCStone também manteve sua estimativa para a produção, em 117,36 milhões de toneladas, ante 114 milhões em 2016/17. A consultoria destacou que as exportações da oleaginosa podem ser recordes na temporada 2017/18, em 70 milhões de toneladas, apesar do tabelamento de fretes.
O governo federal instituiu preços mínimos de frete rodoviário como resposta a protestos nacionais de caminhoneiros contra a alta dos preços dos combustíveis, no final de maio. Desde então, o tabelamento vem impactando o setor de commodities, por encarecer os custos do transporte.
(Por Isabel Marchenta)
1 comentário
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elcio sakai vianópolis - GO
Conversando com alguns amigos de Goiás, fiquei sabendo que está havendo produções de 80 a abaixo de 40 sacas por há nesta safrinha, no sul de Goiás. As exportações realmente irão abaixar, mas pode ter certeza que não é devido ao frete e muito menos ao aumento do consumo interno. Alguns sites colocaram que Goiás deve ter uma quebra em torno de 12% em relação ao ciclo anterior, acho esta estimativa muito otimista, pois creio que a quebra ultrapasse bem acima dos 20%, já que além da quebra climática, há uma grande redução de área de milho safrinha.
Sr ELCIO, eu entendi perfeitamente ... esse jornalista ele diz que a produçao sera' maior ----------MAIOR DO QUE???------Ah entendi ,,, sera' maior que zero----Ah bom, agora faz sentido-----SERA" MAIOR QUE ZERO---Nao vendam o milho que vai ter estouro no preço...