Clima bagunça safra de trigo no Brasil e na Argentina, destaca INTL FCStone

Publicado em 06/10/2017 12:10
As principais estimativas de produtividade para estes países acompanharam o contexto climático menos favorável

Ao longo dos próximos meses o foco do mercado de trigo se manterá no fim da colheita do Brasil e início da coleta na Argentina. No momento, as condições climáticas têm movimentado as safras. No sul brasileiro os meses de julho e agosto foram marcados por chuvas limitadas, o que prejudicou o desenvolvimento na região responsável por mais de 80% da produção de trigo do país. Já na Argentina o cenário é completamente inverso, com uma quantidade elevada de lavouras sofrendo com excesso de umidade no solo e chuvas recorrentes.

“A oferta argentina ainda é incerta mas as projeções atuais ainda conseguem suprir a demanda interna e as exportações, sendo que o cenário atual de estoques bastante reduzidos no Mercosul deve ser manter até o fim do ciclo 2017/18”, explica o analista de mercado da INTL FCStone, João Macedo. Todavia, a competição da Argentina no mercado global, juntamente com o contexto de colheita, deve impedir que o balanço mais restrito consiga causar fortes impulsos nas cotações locais no último trimestre deste ano.

As principais estimativas de produtividade para estes países acompanharam este contexto climático. A Conab apontou o rendimento médio do Brasil na safra 2017/18 em 2,7 toneladas/hectare, o que representa uma queda de 5% frente ao esperado em agosto. As perspectivas para a área plantada, no entanto, seguem distantes do esperado pelo mercado. “Relatos apontam reduções mais intensas no plantio do que os 9,5% atualmente esperados pela Companhia, o que abre espaço para novas quedas nas estimativas futuras”, pondera Macedo.

Para a Argentina a Bolsa de Comércio de Rosário (BCR) também reduziu sua perspectiva de produtividade, com a mesma caindo de 3,32 toneladas/hectare em agosto para 3,12 toneladas/hectare no início de setembro. O excesso de umidade e algumas geadas estão no centro deste movimento, mas o registro de seca em algumas regiões do país também contribui para a preocupação. A BCR já espera que a produção deste ano, estimada em 16,5 milhões de toneladas, fique abaixo das 17 milhões de toneladas colhidas no ano anterior, visto que as chuvas não só prejudicaram os rendimentos como também limitaram a expansão de área.

 

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Fonte:
INTL FCStone

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