México pode importar mais soja e milho do Brasil e da Argentina
Com a possibilidade dos Estados Unidos saírem de acordos de comércio internacional, como o Tratado Norte-Americano de Livre Comércio (NAFTA), os agricultores do Brasil e da Argentina sentem que este pode ser um momento ideal para abrir as portas para as exportações de milho e soja com destino ao México, que normalmente importa quase todos os seus grãos do país vizinho.
A nova administração norte-americana ameaçou a imposição de tarifas sobre importados do México e, em resposta, o México pode voltar sua atenção para a América do Sul como uma nova fonte em potencial.
A imprensa da Argentina aponta que o Secretário de Agricultura do México viajará aos dois países sul-americanos na próxima semana, acompanhado por importantes importadores de grãos, que devem fechar acordos de importação de milho e soja.
No estado do Mato Grosso, que é o maior produtorde milho do Brasil, o Instituto Matogrossense de Economia Agropecuária (Imea) já publicou um relatório mostrando os benefícios para os agricultores no estado com um possível aumento de exportações com destino ao México. Em 2016, foram apenas 54 mil toneladas exportadas para o destino, volume que está pronto para aumentar significamente em 2017. O Mato Grosso respondeu por 77% das exportações brasileiras de milho durante o mês de janeiro deste ano.
Na Argentina, os agricultores tiveram um aumento da área de milho neste ano, em resposta à retirada de impostos sobre a exportação do cereal. Caso o México se torne um novo destino, isso daria ainda mais incentivo para que os agricultores argentinos aumentassem sua atuação na cultura. Em 2016, a Argentina exportou 97 mil toneladas de milho para o México.
Tradução: Izadora Pimenta
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