Inicia colheita do trigo no Rio Grande do Sul
A colheita do trigo iniciou e estima-se que 20% das lavouras se encontram aptas (maduras) para tanto. Outras 60% estão em fase final de formação de grão. De acordo com o Informativo Conjuntural da Emater/RS-Ascar, os produtores estão ansiosos e preocupados com a falta de homogeneidade das lavouras em seu estádio final, pois muitas espigas se encaminham para a maturação enquanto que outras ainda estão em enchimento de grãos. A perspectiva de vários dias chuvosos para a segunda quinzena de outubro preocupa os produtores que contam com uma lavoura que deve apresentar produtividade variável, entre 40 a 70 sc./ha. As empresas compradoras de trigo estão sem preço para o produto e, portanto, sem comercialização para os grãos em depósito, o que deixa os produtores desmotivados quanto aos investimentos realizados na cultura na safra 2016.
Também está em andamento a colheita da canola nas regiões produtoras do Estado, com as primeiras áreas colhidas variando quanto ao aspecto produtivo. Enquanto em algumas áreas a produtividade está alcançando até 45 sc./ha, como nas regiões Celeiro, Noroeste Colonial e Alto Jacuí, em outras, que se ressentiram de uma umidade de solo mais adequada na floração e enchimento de grãos, varia entre 20 a 30 sc./ha.
Das culturas de verão, o milho segue em plantio e alcança 65% do total estimado para este ano. Algumas áreas, sem irrigação, se ressentem da falta de umidade para alavancar a fase de desenvolvimento vegetativo da cultura. Já nas áreas irrigadas, segue de forma normal o manejo da adubação de cobertura. Com a proximidade do plantio da soja, os produtores tentam finalizar os trabalhos com o milho para se dedicar à oleaginosa com tranquilidade.
No Estado, grande parte dos produtores de soja já encaminharam seus financiamentos e a compra de insumos, o que reduziu a procura pelo custeio da lavoura junto aos agentes financeiros e a elaboração de projetos. O plantio das primeiras lavouras de soja de ciclo precoce já iniciou nos municípios de Porto Lucena e Senador Salgado Filho, mesmo que esteja fora da época recomendada oficialmente.
FRUTAS
Pêssego – Na Serra, segue a colheita de variedades superprecoces como a Kampai e o PS precoce, cultivadas nos vales de rios. As frutas estão com boa coloração e sabor e com calibre médio. As plantas apresentam-se com bom vigor e muito boa sanidade, apenas com alguns sinais de bacteriose nas folhas nos pomares mais expostos ao vento frio. Os constantes frios que perduram desde o outono, se por um lado retardam o desenvolvimento das plantas, por outro trazem benefícios, principalmente quanto às pragas.
Laranja - No Alto Uruguai, o Comitê Técnico da Citricultura avaliou a safra de laranjas 2016, fechando a região com produtividade média de 25 a 30 t/ha. Naquela região, os produtores estão satisfeitos com os preços recebidos, que giraram em torno de R$ 0,35 a R$ 0,40/kg para suco. Os pomares com floração excelente e bom estado fitossanitário indicam uma safra 2017 no mínimo igual à de 2016.
Melancia - A expectativa inicial de plantio nesta safra no município de Cacequi, na região Central, é de 700 hectares, a mesma da safra anterior. Aqueles produtores que produziram mudas já transplantaram as mesmas. Os produtores que semeiam diretamente as sementes na terra estão preparando o solo.
CRIAÇÕES
Bovinocultura de leite - As pastagens cultivadas de inverno estão em final de período reprodutivo. Apenas os azevém tardios, destacando-se os tetraploides, apresentam boa oferta de pasto. As pastagens perenes de verão apresentam bom volume de rebrote e algumas já são utilizadas para pastejo. Para alimentar os animais, além das pastagens, os produtores utilizam silagem e ração, o que poderá causar problemas com acidez metabólica, que interfere na qualidade do leite.
Piscicultura e pesca artesanal - Na região de Pelotas, chegou ao fim o período de defeso na Lagoa dos Patos e os ventos começam a favorecer a captura da Tainha e Corvina. Na Lagoa Mirim, o alto nível das águas facilita a captura de peixes; no entanto, os ventos fortes das últimas semanas têm dificultado a navegação dos pescadores.
Apicultura – O clima favorece o crescimento dos enxames, fazendo com que as colmeias se tornem mais ativas. A época é de floradas abundantes de espécies nativas e exóticas e a expectativa é de boa safra, com rendimento de 12-15 quilos de mel por colmeia. Nas feiras municipais, inicia a comercialização de produto novo, comercializando entre R$ 20,00 a R$ 25,00/kg, na venda direta ao consumidor.
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