Valor da tarifa de energia elétrica impacta de forma negativa aos produtores de arroz
Os altos valores da tarifa de energia elétrica vêm impactando de forma negativa os produtores de arroz. Nos últimos oito anos, entre 2008 e 2015, a inflação medida pelo Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), subiu 38,78%. Já as tarifas das concessionárias de energia elétrica tiveram no mesmo período reajustes acima da inflação.
Segundo o diretor financeiro da Federação das Associações de Arrozeiros do Estado do Rio Grande do Sul (Federarroz) e presidente do Conselho de Consumidores da AES Sul, Gustavo Thompson, para o grupo A4, que consome entre 2,3 a 13,8 kV e onde a maioria dos irrigantes se enquadra, o valor da tarifa da concessionária subiu 97,23% entre 2008 e 2015. “Já as tarifas da RGE aumentaram 71,51% e da CEEE, 80,72% em igual período”, destaca.
A Federarroz vem tentando demonstrar os fortes impactos desta elevação das tarifas através de planilhas de custos junto ao Ministério da Agricultura (Mapa) e Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O presidente da entidade, Henrique Dornelles, ressalta que estas ações levaram a ministra da Agricultura Kátia Abreu a verbalizar certo esforço para a retirada das bandeiras tarifárias. O dirigente salienta que a energia elétrica vem sendo a vilã dos custos de produção nos dois últimos anos. “Os preços praticados vem retirando a renda do campo porque também vêm impactando a indústria e o varejo”, observa.
O Sistema de Bandeiras Tarifárias entrou em vigor a neste ano. As bandeiras verde, amarela e vermelha indicam se a energia custa mais ou menos, em função das condições de geração de eletricidade.
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