China abre mercado global para o sorgo
A China assumiu rapidamente o liderança nas importações de sorgo elevando compras de 4,2 milhões para 8,5 milhões de toneladas no último ano, conforme dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, o USDA. O mercado norte-americano é o primeiro a aproveitar a oportunidade, com exportações próximas de 9 milhões de toneladas em 2014/15.
Diante da expectativa de que esse mercado continue aquecido em 2015/16, Brasil e Argentina voltam a avaliar a possibilidade de ampliar a produção e as vendas externas do cereal, que ainda é encarado como alternativa complementar ao cultivo de milho na América do Sul.
A consolidação desse mercado permite um salto na produção nos dois países. Nesta temporada, a Argentina produz 3,8 milhões e o Brasil perto de 1,9 milhão de toneladas de sorgo. Os especialistas tentam avaliar se a demanda chinesa terá a mesma proporção nos próximos anos.
A China está comprando mais sorgo porque “possui hoje o maior estoque individual de milho”, aponta o consultor da FCStone Flávio Antunes. “Estoque esse constituído ao longo dos últimos anos, em que o preço esteve alto”, acrescenta. “Tivemos um forte recuo nos preços do milho de 2014 para cá, em função de safras muito boas colhidas em Brasil, Argentina e EUA, principalmente”, pontua. “Como o sorgo tem teor nutritivo próximo ao do milho para uso como ração, e até mesmo na fabricação de etanol, e seus preços são menores, muitos compradores estão optando pelo sorgo como substituto”, conclui.
O pesquisador Rubens Augusto de Miranda, d a Embrapa Milho e Sorgo, afirma que há “uma relativa histeria em relação ao potencial do sorgo”. As exportações chinesas atingiram “valor maior que o volume médio histórico do comércio mundial”. Entre 2002/03 e 2011/12, o volume médio global negociado ficou ao redor de 6 milhões de toneladas, aponta. A safra 2007/08, quando faltou milho e foram comercializados 8,8 milhões de toneladas, foi exceção, analisa Miranda. O sorgo ficou mais barato porque a China ultrapassou a cota de importação de milho imposta por Pequim, limite a partir do qual o produto é tarifado em até 65%, frisa.
Leia a notícia na íntegra no site Gazeta do Povo.
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