Tendências da produção de pintos de corte em 2010

Sem a divulgação do alojamento de matrizes de corte (interrompida desde outubro de 2009 e, portanto, já abrangendo a produção de, pelo menos, seis meses), torna-se impossível avaliar as tendências de produção de pintos de corte no decorrer de 2010. Mas o que acontecerá se o setor mantiver, por exemplo, o mesmo comportamento médio observado nos 11 anos decorridos entre 1999 e 2009?
Nesse período, a produção brasileira de pintos de corte aumentou mais de 75%, passando de cerca de 3,150 bilhões de cabeças para pouco mais de 5,560 bilhões de cabeças – variação que correspondeu a um incremento médio da ordem de, aproximadamente, 6% ano.
Não só isso: nesses 11 anos, a produção média mensal de pintos de corte variou entre um mínimo de 7,6% (fevereiro) e um máximo de 8,9% (outubro) do total produzido anualmente. E os índices de produção mensal aplicados a um incremento da ordem de 6% conduzem aos números contidos no gráfico abaixo.
Ou seja: mantido o mesmo comportamento médio registrado entre 1999 e 2009, a produção brasileira de pintos de corte de 2010 pode ficar entre um mínimo de 448,3 milhões de cabeças em fevereiro e um máximo de 525,6 milhões de cabeças em outubro, este número significando aumento de 4,5% sobre outubro de 2009. No total do ano a produção chegaria aos 5,9 bilhões de cabeças, 6% a mais que o produzido no ano passado.
O que cabe perguntar, aqui, é se a capacidade de produção até agora instalada permitirá chegar a esse volume. Sabe-se, pelos dados divulgados até setembro, que o alojamento de matrizes de corte vinha apresentando um recuo de 9% sobre o ano anterior. E se esse índice foi mantido no restante do ano, irá significar, para 2010, um potencial de produção 9% menor que o do ano anterior, quando se instalou capacidade suficiente para produzir perto de 6,4 bilhões de pintos de corte.