Avicultura e suinocultura brasileira devem encerrar 2024 com recorde de produção e exportação de carnes

Publicado em 12/12/2024 09:30 e atualizado em 12/12/2024 12:32
De acordo com balanço da ABPA, exportações da proteína avícola devem fechar 2024 com crescimento de 3,1%, e da suína, com alta de 9,8%

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A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) divulgou nesta quinta-feira (12) as projeções sobre a produção, exportação e consumo interno de carne de frango, suína e de ovos, além de prospecções para o ano de 2015. Segundo a entidade, tanto no caso da produção quanto dos embarques da proteína avícola e suinícola, 2024 deve ser um ano de renovação de recorde.

Um dos pontos destacados pelo presidente da Associação, Ricardo Santin, é que a China, grande expoente nas compras das proteínas brasileiras, diminuiu o volume adquirido de carne suína e de frango em 2024, e ainda assim, os dois setores ampliaram os embarques este ano. 

“A China comprou 19% menos frango, mas ainda é o maior importador, e no caso da carne suína, o gigante asiático encolheu as compras em 38%, e ainda assim, no saldo final houve aumento das exportações das duas proteínas este ano. Isso se deu em função da abertura de novos mercados e ampliação de vendas para outros países que já são parceiros comerciais do Brasil”, disse Santin.

Para a carne de frango, a expectativa é de que este ano se encerre com uma produção total de até 15 milhões de toneladas, crescimento de cerca de 1,1% em relação a 2023, quando foram produzidas 14,833 milhões de toneladas.

Do montante total de proteína avícola produzida no país, 9,7 milhões de toneladas ficaram no mercado interno, volume semelhante ao contabilizado no ano passado (9,694 milhões de toneladas). A ABPA projeta que o consumo interno de carne de frango por habitante no país deve crescer 1,1% este ano, chegando a 45,6 quilos.

Sobre as exportações de carne de frango, o volume embarcado deve aumentar 3,1% neste ano em relação a 2023, atingindo 5,3
milhões de toneladas frente a 5,139 milhões de toneladas exportadas no ano passado.

O aumento na produção de carne suína em 2024 em comparação a 2023 deve ser na casa de 3,8%, com 5,35 milhões de toneladas da proteína produzida este ano contra 5,156 milhões de toneladas registradas no ano passado. 

No mercado interno, foram disponibilizadas cerca de 4 milhões de toneladas, volume 1,9% superior à disponibilidade registrada no ano passado, com 3,926 milhões de toneladas. O consumo per capita do setor neste ano crescerá até 3,8%, podendo alcançar 19 quilos per capita.

As exportações de carne suína deverão fechar o ano com 1,35 milhão de toneladas embarcadas, aumento de até 9,8% frente às exportações registradas em 2023 (1,23 milhão de toneladas).

Já para o setor de ovos, a produção deste ano de 2024 deverá alcançar 57,6 bilhões de unidades, número 9,8% maior em relação ao ano anterior, com 52,448 bilhões de unidades. O consumo per capita chegará a 269 unidades em 2024, número 11,2% maior em relação
ao registrado no ano anterior, com 242 unidades. 

As exportações do setor deverão alcançar 18 mil toneladas, volume 29,5% menor em relação ao ano passado, com 25,404 mil toneladas. Essa diminuição nas vendas externas dos ovos brasileiros, segundo Santin, se dá devido a um ‘ponto fora da curva’, que foi um pico de vendas em 2023 para Taiwan, que viveu uma crise na produção interna.

PROJEÇÕES PARA 2025

A ABPA também aponta as projeções para o ano de 2025, também com expectativa de aumento na produção e exportação da carne de frango, suína e de ovos. 

Para o ano que vem, o setor avícola projeta produzir até 15,3 milhões de toneladas, o que representa avanço de 2,7% em relação a 2024, com disponibilidade de cerca de 9,9 milhões de toneladas, perfazendo aumento de 2,1%, consumo per capita chegando a 46,6 quilos, incremento de 2,2% em relação ao registrado este ano e exportações com crescimento de 1,9%, podendo chegar à marca de até 5,4 milhões de toneladas.

No caso da carne suína, a expectativa é de que a produção cresça 2% em 2025, avançando para 5,45 milhões de toneladas, sendo que a disponibilidade interna deve permanecer estável em 4 milhões de toneladas, assim como o consumo per capita de 19 quilos. Já as exportações da proteína suinícola podem subir 7,4%, com volume embarcado de até 1,45 milhão de toneladas.

O setor de ovos conta com perspectivas otimistas da ABPA, mostrando um cenário para 2025 com aumento de 2,4% na produção, com 59 bilhões de unidades, avanço de 1,1% no consumo per capita, atingindo a marca de 272 unidades por habitante no país e embarques de 21 mil toneladas, elevando a marca em 16,7%.


 

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Por:
Letícia Guimarães
Fonte:
Notícias Agrícolas

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