Mercado de frango segue com preços sustentados no Brasil, em meio à demanda aquecida
O mercado brasileiro de frango registrou preços sustentados, tanto para o quilo vivo, quanto para os cortes negociados no atacado e na distribuição ao longo da semana. De acordo com o analista Fernando Iglesias, a demanda segue bem aquecida, com um bom ritmo de exportação ao longo do ano, somada a melhora dos níveis de emprego na economia nacional.
Pelo lado dos produtores, o comportamento dos preços do milho e do farelo de soja aparecem como um ponto de atenção nesse momento, dado o movimento recente de alta. Questões envolvendo a biosseguridade permanecem no radar, em meio ao registro recente de Doença de Newcastle no Rio Grande do Sul. “Felizmente a situação foi controlada, em meio a um amplo trabalho do setor para solucionar o problema”, pontua.
O lado ruim dessa história é que as exportações de carne de frango do Rio Grande do Sul para a China seguem interrompidas desde julho. A expectativa, por parte do governo, é de que os embarques possam ser retomados pelo estado a partir de outubro.
No mercado atacadista, Iglesias sinaliza que houve uma acomodação dos preços durante a semana, com a chegada da segunda metade do mês sugerindo um menor espaço para reajustes. Por outro lado, ele comenta que a carne de frango tende a ganhar competitividade durante o último trimestre, em um momento de altas mais consistentes dos preços da carne bovina no mercado doméstico.
Preços internos
Segundo levantamento de Safras & Mercado, no atacado de São Paulo os preços dos cortes congelados de frango não tiveram mudanças ao longo da semana. O preço do quilo do peito seguiu em R$ R$ 9,50, o quilo da coxa em R$ 6,80 e o quilo da asa em R$ 10,00. Na distribuição, o preço do quilo do peito permaneceu em R$ 9,75, o quilo da coxa em R$ 7,00 e o quilo da asa em R$ 10,30.
Nos cortes resfriados vendidos no atacado, o cenário da semana também apresentou estabilidade nas cotações. No atacado, o preço do quilo do peito seguiu em R$ 9,60, o quilo da em R$ 6,90 e o quilo da asa em R$ 10,10. Na distribuição, o preço se manteve em R$ 9,85, o quilo da coxa em R$ 7,10 e o quilo da asa em R$ 10,40.
O levantamento semanal realizado por Safras & Mercado nas principais praças de comercialização do Brasil apontou que, em Minas Gerais, o quilo vivo seguiu em R$ 5,30 e, em São Paulo, em R$ 5,50.
Na integração catarinense a cotação do frango permaneceu em R$ 4,25. Na integração do oeste do Paraná, a cotação seguiu em R$ 4,00 e, na integração do Rio Grande do Sul, em R$ 4,00.
No Mato Grosso do Sul, o preço do quilo vivo do frango seguiu em R$ 5,20, em Goiás em R$ 5,25 e, no Distrito Federal, em R$ 5,25.
Em Pernambuco, o quilo vivo ficou em R$ 6,00, no Ceará em R$ 5,90 e, no Pará, em R$ 6,10.
Exportações
As exportações de carne de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas do Brasil renderam US$ 460,182 milhões em setembro (10 dias úteis), com média diária de US$ 46,018 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 241,719 mil toneladas, com média diária de 24,171 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 1.903,80.
Em relação a setembro de 2023, houve avanço de 38,9% no valor médio diário, alta de 29,6% na quantidade média diária e avanço de 7,2% no preço médio. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.
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