França intensifica vigilância da peste suína africana na fronteira com a Alemanha
PARIS (Reuters) - A França aumentou sua vigilância da peste suína africana (PSA) ao longo de parte da fronteira com a Alemanha, já que a doença continua a se espalhar entre javalis em grande parte da Europa, informou o Ministério da Agricultura na terça-feira.
POR QUE É IMPORTANTE
A vigilância intensificada ocorre em um momento em que crescem as preocupações sobre a possível introdução da doença na França, o que poderia ter efeitos devastadores na indústria de criação de suínos do país e potencialmente interromper as cadeias de fornecimento de alimentos.
"Em vista da recente progressão da PSA em javalis na Alemanha, o ministério aumentou a vigilância da PSA... nos departamentos de Bas-Rhin e Moselle", disse o Ministério da Agricultura em um comunicado, referindo-se a duas áreas do nordeste da França que fazem fronteira com a Alemanha.
CONTEXTO
O vírus, que é inofensivo para humanos, mas mortal para porcos, tem se espalhado para o oeste da Europa nos últimos anos, e casos também foram detectados perto da França, na Bélgica e na Itália.
A disseminação da doença para a Alemanha abalou a grande indústria suína do país, com muitos países estrangeiros impondo proibições.
Surtos de PSA também atingiram países asiáticos nos últimos anos, causando enormes perdas em rebanhos suínos na China e no Vietnã.
O QUE VEM A SEGUIR
O Ministério da Agricultura francês está examinando a possibilidade de instalar cercas ao longo da fronteira com a Alemanha para deter a doença, uma tática usada anteriormente para impedir a propagação da PSA a partir da Bélgica.
As autoridades também estão em contato com caçadores locais para regular as populações de javalis, uma abordagem também usada no sudeste, perto da Itália.
Na semana passada, grupos de agricultores pediram às autoridades que estabelecessem zonas livres de javalis perto da Alemanha, como aquelas estabelecidas ao longo da fronteira com a Bélgica há vários anos.
(Reportagem de Sudip Kar-Gupta, Gus Trompiz e Tassilo Hummel; Edição de Andrew Heavens e Louise Heavens)
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