Produção de carne suína da China atinge nível mais alto em 5 anos após surtos de doenças
PEQUIM (Reuters) - A produção de carne suína da China no primeiro trimestre aumentou 1,9% em relação ao ano anterior, para 15,9 milhões de toneladas, a maior para um trimestre em cinco anos, depois que os agricultores venderam suínos devido a um aumento nos surtos de doenças.
Um aumento nas infecções de peste suína africana no início deste ano forçou muitas fazendas do maior produtor mundial de carne suína a abater os porcos, aumentando os números de abate.
A China abateu 198,99 milhões de suínos no trimestre, um crescimento de 1,7% em relação ao mesmo período do ano anterior, mostraram dados do Departamento Nacional de Estatísticas na terça-feira.
A produção de carne suína foi a maior desde o quarto trimestre de 2017.
O rebanho de suínos, embora 2% maior que no mesmo período do ano passado, caiu frente ao trimestre anterior, de 452,56 milhões de cabeças para 430,94 milhões, mostraram os dados.
"Não é uma grande surpresa. No primeiro trimestre houve muitas liquidações devido a doenças", disse Pan Chenjun, analista sênior do Rabobank.
A New Hope Liuhe, grande produtora de suínos, disse a investidores no final de março que um número "relativamente grande" de porcas em Henan, no norte da China, e em outras províncias havia sido abatido desde dezembro e que a taxa de mortalidade de leitões desmamados também aumentou no primeiro trimestre.
A produção de carne suína também aumentou após muitos produtores esperarem uma recuperação na demanda durante o quarto trimestre de 2022 e aumentarem os pesos dos suínos para se beneficiar da previsão de preços altos.
Quando a demanda caiu devido a um aumento nos casos de Covid-19, os fazendeiros correram para descarregar os porcos antes do festival do Ano Novo Lunar no final de janeiro, normalmente a alta temporada de demanda.
Os preços do suíno estão em patamares baixos desde o início do ano, pressionados pelo alto volume de abate. Eles caíram ainda mais este mês, chegando a 14,6 iuanes (2,12 dólares) por quilo na maior província produtora de Henan nesta semana.
Os agricultores estão perdendo cerca de 176 iuanes por cabeça, e os preços podem não subir até o final do segundo ou terceiro trimestre, disse Pan.
(Reportagem de Qin Ningwei e Dominique Patton)
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