Governo realiza segunda etapa da sorologia em aves de Roraima
A segunda etapa da sorologia em aves para detectar se existe ocorrência de gripe aviária em Roraima está sendo concluída pelo Governo de Roraima, por meio da ação da Aderr (Agência de Defesa Agropecuária de Roraima). Agora os exames são direcionados para animais de subsistência, as chamadas aves de fundo de quintal. A primeira etapa foi feita nas granjas.
O Mapa (Ministério da Agricultura, Abastecimento e Pecuária) selecionou os exames em cada Município, que estão sendo visitadas pelos técnicos da Aderr com o objetivo de coletar o material para ser examinando e, com isso, avaliar a sanidade das aves.
Os exames selecionados foram: 02 em Roirainópolis, 01 em Caroebe, 02 em Caracaraí, 01 em Mucajaí, 01 em Uiramutã, 01 Amajari, 01 em Cantá, 01 em Bonfim, 01 em Boa Vista e 01 em Alto Alegre.
Segundo o médico veterinário e chefe do Programa Estadual de Sanidade Avícola, Ronaldo Feitosa, foram feitos 11 exames swab de traquéia, 11 swab de cloaca e 11 amostras de soro em cada propriedades.
“Foram 396 aves amostradas. Nesse primeiro contato avaliamos que está tudo tranquilo e sem risco”, disse Feitosa. Ele enfatizou que as aves de fundo de quintal, que são criadas para corte e para a produção de ovos para as famílias que as cria, são saudáveis, não havendo preocupação.
Segundo o veterinário, o risco maior, e que precisa maior atenção e cuidado, são para as aves criadas em quintais próximos a lagos, pois podem entrar em contato com aves migratórias que pousam nessas propriedades por causa da oferta de água.
No trabalho de coleta das amostras a seleção das propriedades nos municípios foi feito pelas Unidades de Defesa Agropecuária, que deram todo suporte para que o serviço fosse feito.
GRIPE AVIÁRIA
A gripe aviária, como é popularmente conhecida, é uma doença viral de rápido contágio e que acomete aves domésticas e silvestres, levando à morte.
O Brasil, como maior exportador de frango, tem atualmente a atenção voltada para a gripe aviária, já que é a maior epidemia em aves que ocorre hoje no mundo. Na Colômbia, Equador, Venezuela, Peru e Chile foram notificados casos da doença em aves silvestres e de subsistência ou de produção.
ORIENTAÇÕES DO MINISTÉRIO DA AGRICULTURA
De acordo com a nota técnica Nº 8/2022/CGSA/DSA/SDA/MAPA, a primeira linha de defesa contra a influenza aviária é a detecção precoce e a notificação oportuna de suspeita da doença para permitir uma resposta rápida, a fim de evitar a disseminação da doença.
Todas as suspeitas de ocorrência de influenza aviária devem ser notificadas imediatamente aos órgãos estaduais de sanidade agropecuária ou às Superintendências Federais de Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
A influenza aviária de alta patogenicidade é caracterizada principalmente pela alta mortalidade de aves que pode ser acompanhada por sinais clínicos, tais como andar cambaleante; torcicolo; dificuldade respiratória e diarreia.
A notificação de uma suspeita de influenza aviária de alta patogenicidade em aves silvestres, de subsistência e de produção pode ser realizada por qualquer cidadão, que tenha o conhecimento de suspeitas de influenza aviária, presencialmente ou por telefone em qualquer instância regional, estadual ou federal do Serviço Veterinário Oficial, representado pelos Órgãos Estaduais de Sanidade Agropecuária e pelas Superintendências Federais de Agricultura do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento ou, diretamente, por meio da plataforma e-Sisbravet, por meio do link https://sistemasweb4.agricultura.gov.br/sisbravet/manterNotificacao!abrirFormInternet.action.
Os produtores de aves devem reforçar as medidas de biosseguridade das granjas, especialmente aquelas que visem evitar o contato de aves silvestres e de pessoas alheias ao sistema produtivo com as aves de produção.
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento desenvolveu um plano de contingência para uma eventual introdução da doença no País e tem promovido a capacitação e o treinamento de profissionais em todas as Unidades Federativas para o atendimento às suspeitas e resposta a situações de emergência em saúde animal.
O Departamento de Saúde Animal do Ministério da Agricultura atribui a prevenção da influenza aviária como responsabilidade compartilhada entre os segmentos público e o setor privado, com o firme propósito de preservar a sanidade do plantel avícola nacional.
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