Suinocultura independente: mercado em alta desde o final de janeiro, com menor oferta de animais
Nesta quinta-feira (9) as bolsas de negociação de suínos no mercado independente tiveram alta nas principais praças. Lideranças locais e também analistas do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) destacam a menor oferta de animais com o peso "normal" para abate, reduzindo, portanto, a disponibilidade final de carne.
Em São Paulo, na semana anterior os suinocultores haviam solicitado o valor de R$ 8,00/kg vivo, que não foi aceito na negociação com os frigoríficos. Já nesta quinta-feira (9), foi acordado o valor de R$ 8,30/kg vivo, segundo dados da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS).
No mercado mineiro, o valor subiu, passando de R$ 7,80/kg vivo para R$ 8,40/kg vivo, com acordo, segundo a Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg).
"Os fundamentos que trouxeram o preço até aqui não se alteraram: animais leves, mercado comprador, expectativas favoráveis. O mercado atual continua tecnicamente na fase eufórica, uma classificação acima do firme. Sabemos que a emoção positiva uma hora se acomoda e a variável mais importante nesse cenário é o baixo peso dos cevados, por isso, quanto melhor a liquidez e fluência das vendas, mais duradoura será a escassez", apontou o consultor de mercado da entidade, Alvimar Jalles.
Segundo informações da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), o valor do animal teve aumento saindo de R$ 6,80/kg vivo para R$ 7,40/kg nesta semana.
"Enfim, boas notícias. O mercado está puxando um pouco mais, e acredito que parte disso se deve também ao fato de que muitos produtores independentes fecharam as portas por não suportarem a crise. Agora temos reflexo dessa situação. Esperamos que os preços sigam aumentando para que ultrapassem os custos de produção, fazendo com que o criador tenha sua remuneração e possa seguir na atividade", disse o presidente da entidade, Losivanio de Lorenzi.
No estado do Paraná, considerando a média semanal (entre os dias 02/02/2023 a 08/02/2023), o indicador do preço do quilo vivo do Laboratório de Pesquisas Econômicas em Suinocultura (Lapesui) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) teve alta de 12,19%, fechando a semana em R$ 7,19/kg vivo.
"Espera-se que na próxima semana o preço do suíno vivo apresente alta, podendo ser cotado a R$ 7,34/kg vivo", informa o reporte do Lapesui.
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