Itaú BBA: Próximos meses serão de teste da capacidade de absorção do ritmo dos abates de suínos
De acordo com análise do mercado de suínos referente a agosto, divulgada pelo Itaú BBA, as exportações da proteína segue em bons patamares, ainda que abaixo do ano passado, e o mercado interno mostra estabilização dos preços desde julho.
Segundo informações dos analistas do banco, "diferentemente dos meses anteriores, marcados por um contínuo sobe e desce no preço do animal, as cotações mostraram estabilização desde o início de julho, o que pode estar mais relacionado a um melhor escoamento da carne no mercado interno do que com uma redução da oferta já que, com alguns produtores descartando matrizes como forma de ajuste às margens apertadas, os abates dificilmente terão contraído em julho".
O relatório pontua ainda que a relação entre o valor de comercialização do animal vivo com a cesta de custos de produção teve a diferença reduzida em julho e também nesta parcial de agosto. "Com o custo neste mês estimado em cerca de R$ 7,33/kg e o animal negociado em torno de R$ 6,65/kg na média ponderada da Região Sul e MG (1ª quinzena), o produtor ainda opera com leve prejuízo. Mas os preços nos últimos dias já se aproximam dos R$ 8/kg em MG e pouco abaixo disso em SP e no PR, de modo que as entregas nestas bases recentes já zeraram os prejuízos", destaca o reporte.
No mercado interno, a análise pondera que o cenário será de teste da capacidade de absorção do ritmo dos abates de suínos, "até aqui relativamente elevados", como pontuam os analistas. O preço do suíno continua sustentado, apoiado nos preços possivelmente firmes da ave e do boi na entressafra e com ambas proteínas (frango e boi) sendo bem exportadas.
A respeito dos custos de produção, pode haver um alívio, segundo o relatório do Itaú BBA, desde que não haja acontecimentos que prejudiquem a safra nos Estados Unidos nas próximas semanas. "Ainda assim, com os balanços globais de soja e de milho relativamente apertados e a China podendo começar a importar milho brasileiro ainda neste ano, vale a atenção com o fluxo de saída do cereal nos próximos meses", reitera a análise.
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