Junho traz baixa nos custos de produção para frango e leve alta para suínos, segundo a Embrapa
De acordo com informações divulgadas pela plataforma Central de Inteligência de Aves e Suínos (Cias) da Embrapa Suínos e Aves, o mês de junho registrou menor investimento na área de nutrição animal para ambas atividades. Para a suinocultura, a redução na porcentagem da alimentação dos animais na cesta dos custos de produção foi menor do que para a avicultura.
A diferença se deu, segundo o analista da instituição, Ari JArbas Sandi, porque os preços que sustentam os custos de produção de suínos em ciclo completo são referentes a Santa Catarina, e no caso da avicultura, ao Paraná. Os preços dos insumos utilizados na alimentação destes animais, principalmente milho e soja, no Paraná, têm comportamento diferente que os preços em Santa Catarina. Tem a competitividade da quantidade de terras agriculturáveis no Paraná e de mecanização, e em Santa Catarina é preciso complementar com grãos vindos de outros Estados, o que encarece a atividade.
Conforme aponta a plataforma, a queda na nutrição animal para a área de suínos em junho foi de 0,01% em maio no comparativo com maio. Desde o início do ano, entretanto, este quesito dos custos para a atividade teve alta de 4,18%, e representou em junho 80,91% do total de investimentos na criação dos animais.
Já para a avicultura de corte, a Embrapa informa que a queda com a alimentação das aves foi de 2,46% em junho na relação com o mês anterior, mas desde o início do ano, houve elevação de 2,51%. Neste mês de junho, a nutrição das aves representa 73,88% do investimento na avicultura de corte.
De maneira geral, o Índice de Custos de Produção (ICP) Frango registrou 423,50 pontos em junho, um recuo de 2,61% no comparativo com maio, alta de 4,95% desde janeiro e de 6,11% em relação a junho de 2021.
Além da redução no custo com a nutrição das aves, o custo no investimento com pintinhos de um dia também reve retração em junho, baixando 0,21%. Este quesito representou 14,34% dos gastos com a atividade no mês de referência.
Em relação à suinocultura, o Índice de Custos de Produção (ICP) Suíno registrou 419,91 pontos em junho, uma leve alta de 0,05% no comparativo com maio, alta de 4,84% desde janeiro e de 7,61% desde junho de 2021.
O elemento que mais pesou na atividade suinícola em junho foi o transporte, elevado em 0,10%, correspondendo a 4,35% dos investimentos na atividade. A nutrição dos animais, que é o maior gasto na propriedade, em média 80,91% em junho, teve um leve arrefecimento de 0,01%.
PRINCIPAIS PRAÇAS PRODUTORAS
O Estado que lidera a produção de frangos de corte no país, o Paraná, teve baixa de 2,66% de forma geral nos custos de produção, passando de R$ 5,62/kg em maio para R$ 5,47/kg em junho. Em relação a junho do ano passado, quando o custo era de 5,16/kg, o aumento foi de 6%
A respeito da nutrição das aves no Paraná, o valor em maio era de R$ 4,18/kg e caiu 3,34% em junho, chegando em R$ 4,04/kg. Ao estender a comparação, em junho de 2021 o custo com a alimentação das aves era de R$ 3,87/kg, e houve aumento de 4,3% comparando a junho de 2022, atingindo R$ 4,04/kg.
Em Santa Catarina, principal Estado produtor de suínos, de maneira geral o custo de produção na suinocultura se manteve estável entre maio e junho, com valor médio de R$ 7,34/kg. Ao comparar o valor com junho de 2021, quando o custo era de R$ 6,82/kg, há um aumento de 7,6%.
No caso da alimentação dos animais, Santa Catarina também manteve o custo estável entre maio e junho no valor médio de R$ 5,94/kg. Em relação a junho de 2021, quando a nutrição dos suínos custava, em média, R$ 5,51/kg, observa-se um aumento de quase 7,8% em comparação a junho deste ano.
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