Desempenho do ovo em junho e no primeiro semestre de 2022
Em junho, o ovo registrou brevíssima recuperação de preço em relação ao mês anterior, obtendo no período valorização de 1,45%. Efeito do frio que, sem dúvida, afetou a produção? Ou do retorno das festas juninas que – também sem dúvida – demandaram volume muito maior que nos meses anteriores?
O fato é que – a depender do consumo normal – continua sendo difícil para o setor produtivo repassar os custos, que continuam evoluindo mês a mês. E o repasse é desafiante porque grande massa dos consumidores permanece com renda restrita ou, o que é pior, sem condições financeiras para acessar, sequer, a alimentação básica.
Mesmo assim, o ovo alcançou em junho valor médio 23% superior ao do mesmo mês do ano passado, resultado que vai levar muita gente a destacar e criticar a “exorbitância” do aumento registrado. Note-se, porém, que, aos valores registrados em junho, o produto foi comercializado (atacado da cidade de São Paulo) por menos de R$5,00 a dúzia, 90 centavos a mais que em junho do ano passado. E, como mostra o Procon-SP – não foi comercializado ao consumidor por menos de R$10,00/dúzia. Ou seja: o problema não está no setor produtivo…
Em que pese o baixíssimo preço enfrentado na abertura de 2022 – em janeiro, o menor valor em 12 meses e o retorno a patamares do primeiro semestre de 2020 – o primeiro semestre foi encerrado com uma valorização de 20% sobre os mesmos seis meses do ano passado.
Ainda que esses índices venham a ser considerados elevados por quem desconhece o setor, o que ressalta nos últimos meses é a relativa estabilidade de preços do produto. Exemplificando, nos cinco meses transcorridos entre setembro/21 e janeiro/22 as cotações registradas variaram entre 10% e 8% abaixo e acima da média – amplitude de 18%entre valores mínimo e máximo. Já nos cinco meses subsequentes (fevereiro a junho de 2022) essa amplitude não passou de 6%, pois a variação entre cotações mínima e máxima ficou limitada a pouco mais de 3%.
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